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O Dia da Mentira – Por J. Flávio Vieira

Colunista escreve semanalmente no Revista Cariri

3 de abril de 2022
Ditadura Militar: como e por que aconteceu o Golpe de 1964?

(Foto: Evandro Teixeira)

Este dia primeiro de abril (e não no 31 de março como querem os eternas viúvas do chumbo), marca a fatídica data da Ditadura de 1964, quando uma plúmbea cortina de chumbo cobriu o Brasil por 21 anos. Talvez, por isso mesmo, este seja o Dia da Mentira. Na quinta-feira (31), o presidente, em solenidade, fez rasgados elogios ao período, e o Ministro da Defesa, um General, na Ordem do Dia, numa avaliação enviesada e esdrúxula, disse aquelas duas décadas sórdidas e lúgubres serviram para o fortalecimento da democracia. Foi como se alguém declarasse que a morte de quase 700.000 brasileiros, na pandemia, ajudou a melhorar a imunidade das pessoas. Nos últimos tempos, desatinos iguais têm tomado conta do país: pessoas na rua pedindo a volta da Ditadura, o presidente dando boas vindas à chegada da variante ômicron, brucutus mestiços, supremacistas brancos, sonhando com a Ku-Klux-Klan, ministros de estado com pose de S.S. propagandeando as benesses do Holocausto. E a maior autoridade política da nação tecendo elogios ao Coronel Carlos Brilhante Ustra, um torturador impiedoso e sádico, que cometeu crimes não contra adversários ou supostos terroristas, mas contra a humanidade. E não esqueçam: se o Brasil está coberto de desmiolados e chatos nos gabinetes oficiais, a Terra é plana, viu?

Os que não viveram aqueles tempos conturbados não têm a menor ideia do terror com que se teve de conviver. Estudantes perseguidos como animais pelas ruas do país, pessoas presas sem qualquer justificativa legal, submetidas a torturas impiedosas, o Congresso fechado, políticos legalmente eleitos cassados sumariamente. A censura se estabeleceu em toda a imprensa do país, os sindicatos e organizações sociais viram-se criminalizados. Em cada esquina, em cada sala de aula, em cada departamento existia um dedo duro pronto a denunciar pessoas que pensassem contrário ou meros desafetos que, simplesmente, desapareciam. Educação, Saúde e Segurança foram atingidos frontalmente e a corrupção grassou país afora, agora a cavaleiro, sob o manto do silêncio nada obsequioso imposto de goela abaixo à população.

Aqui no Crato, foram presos os que eram considerados subversivos e perigosos à ordem pública. Todos cidadãos de bem, homens da mais altura estirpe e da mais ilibada conduta: Dr. Raimundo Bezerra, o radialista Elói Teles, o comerciante queridíssimo Ernani Silva, o hoje psiquiatra Wellington Alves – Tom-Tom, os comerciantes Juvêncio Mariano e Geraldo Formiga, a professora Sílmia Sobreira, o odontólogo Henrique Costa, o estudante Aécio Gomes de Matos, dentre tantos outros. Um dos maiores poetas cearenses, Everardo Norões, foi perseguido tenazmente e teve que se exilar; um dos mais brilhantes estudantes cratenses, João Roberto Pinho, passou nove anos na clandestinidade (uma vida que terminou se perdendo precocemente, estilhaçada nos seus sonhos por armas e baionetas). Sem falar na deposição do grande brasileiro Miguel Arraes e do seu exílio forçado. Que crime teriam cometido esses cidadãos reconhecidos por todos como homens de bem e sem máculas? Única e exclusivamente terem tido a ousadia de pensar num país melhor e mais igualitário. A história terminou provando de que lado estava a verdade.

As reiteradas falações antidemocráticas do presidente e seus sequazes, eleito legalmente em escrutínio popular, por intervenção militar, percebe-se, claramente, de onde ecoam. São tangidas pelo medo. O medo de perder a eleição, ganha a anterior numa manobra golpista, num grande golpe judiciário que tirou da raia seu principal oponente, agora se redobra quando tem à frente o maior líder popular brasileiro em franca vantagem em pesquisas eleitorais. Do outro lado, seu total despreparo para debater qualquer assunto que vá além de fofocas de boteco e de casernas. Colocado contra a parede se refugia no hospital. Aí a culpa da debacle passa a ser das urnas eletrônicas, dos juízes do STF, da Imprensa que o persegue. E a única saída, a seu ver, é inventar um inimigo fake, uma calamidade fake, uma balbúrdia fake e dá cartão vermelho ao jogo democrático.

Esse 1º de Abril é para se comemorar! O Dia da Mentira! O Dia do atual governo prestes a ser colocado definitivamente na lata de lixo da história. O Dia para lembrar o período mais sombrio da trajetória brasileira, aquele que não deve ser nunca esquecido, para que nunca mais se repita. Que aos poucos, a verdade por fim prevaleça. Ditadura Nunca Mais!

Por J. Flávio Vieira, médico e escritor. Membro do Instituto Cultural do Cariri (ICC)

*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

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