O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (9) os interrogatórios dos réus apontados como integrantes do chamado núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. A ação penal é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.
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No primeiro dia de audiências, prestaram depoimento Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As oitivas ocorreram ao longo de seis horas, na sede do STF, em Brasília.
🗓️ A audiência será retomada nesta terça-feira (10), às 9h, com o depoimento do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
👤 O que disseram os réus
Mauro Cid
Delator no inquérito, Cid confirmou que esteve presente em uma reunião na qual foi apresentado ao então presidente Jair Bolsonaro um documento que previa estado de sítio e a prisão de ministros do STF. Ele também declarou ter recebido dinheiro em espécie do general Braga Netto, entregue em uma sacola de vinho, para ser repassado ao major do Exército Rafael de Oliveira, membro do grupo conhecido como “kids-pretos”, uma suposta tropa de elite envolvida no plano.
Alexandre Ramagem
O ex-diretor da Abin negou que tenha utilizado a agência para espionar ministros do STF e do TSE durante o governo Bolsonaro. Ele disse não ter participado de qualquer articulação golpista nem autorizado ações ilegais dentro da Abin.
📋 Ordem dos interrogatórios
Os depoimentos seguem até sexta-feira (13). Serão ouvidos presencialmente os principais nomes apontados como arquitetos da trama golpista:
1. Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ✅
2. Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin ✅
3. Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
4. Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
5. Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
6. Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
7. Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
8. Walter Braga Netto – general e ex-ministro de Bolsonaro
⚖️ Crimes investigados
Os réus são acusados pelos seguintes crimes:
• Organização criminosa armada
• Tentativa de golpe de Estado
• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Dano qualificado pela violência e grave ameaça
• Deterioração de patrimônio tombado
🧑⚖️ Julgamento pode ocorrer ainda este ano
O interrogatório dos réus representa uma das últimas fases da ação penal. Concluídas as oitivas, o STF poderá dar início ao julgamento definitivo, previsto para o segundo semestre de 2025. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Por Pedro Villela, de Brasília









