Já andei sem prumo
nas varedas do mundo
Abri as portas do meu peito
e vi no rosto correr o choro
Na boca senti o gosto do sal
de minhas lágrimas.
Mas lhe digo companheiro,
Só aprende a sorrir
Quem não teve vergonha
de chorar.
No fiel da balança vai o
tempo pesando em seus
pratos
Tristezas e bonanças
Que felicidade são retalhos
costurados no pano da dura
lida dessa vida.
Nunca pedi a Deus, além
da medida do que basta
Para fazer a minha travessia
entre chegar e partir
Pois dessa vida não se leva
nada
Que dentro da nossas almas
não caiba.
Na minha face vi correr o choro
e na minha boca senti o gosto
do sal das minhas lágrimas.
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)