A merenda escolar servida na rede pública de Juazeiro do Norte, voltou a ser alvo de polêmica após a denúncia de que fragmentos de plástico foram encontrados em carnes entregues por uma empresa contratada pelo município. A revelação ocorre poucos dias após o vídeo da estudante Maria de Fátima, de 9 anos, viralizar nas redes sociais ao reclamar do uso excessivo de soja nas refeições.
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🔎 Fragmentos de plástico na carne
A denúncia sobre a carne contaminada foi registrada em ofício, ao qual o Revista Cariri teve acesso, datado de 1º de abril, encaminhado pela prefeitura. Segundo o documento, os plásticos foram encontrados após a entrega, já nas cozinhas das escolas, que enviaram fotos como prova. O problema teria afetado carnes moída e suína.
Em resposta, a Secretaria Municipal da Educação exigiu substituição imediata dos produtos contaminados, o que foi atendido pela empresa fornecedora. A identidade da empresa não foi revelada, e a reportagem não obteve resposta aos contatos feitos para esclarecimentos.
🛑 Quantidade de carne inferior à contratada
Além da presença de plástico, a secretária da Educação, Márcia Franca, revelou que a empresa também estaria entregando menos carne do que o previsto em contrato. A prefeitura notificou formalmente a fornecedora e acompanha o caso seguindo os trâmites legais. Apesar das falhas, o contrato não pode ser rescindido de imediato.
“Desde que percebemos as dificuldades, notificamos a empresa. O contrato foi assinado em março e estamos seguindo todo o trâmite jurídico”, explicou a secretária.
🥣 “Ninguém aguenta mais soja”
A polêmica ganhou ainda mais visibilidade após o desabafo da pequena Maria de Fátima, moradora do Sítio Logradouro. Durante a audiência pública do projeto Câmara com o Povo, a estudante reclamou da monotonia e da qualidade da alimentação escolar:
“Todo dia é cuscuz com soja, é pão com soja, é sopa com soja… Ninguém aguenta mais comer soja.”
O vídeo da fala sincera da criança viralizou nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a qualidade nutricional da merenda.
🍽️ Câmara de Alimentação Escolar cobra melhorias
A presidente da Câmara de Alimentação Escolar, Francisca Gomes de Lima, reforçou que o problema da escassez de carne nas escolas é antigo e afeta diretamente o bem-estar dos estudantes.
“Tem que ser comprada merenda de qualidade. Muitas crianças vão para a escola pensando no almoço. E não é justo ser servido baião de dois com cuscuz, soja e legumes”, criticou.
📢 Prefeito reage em live
Diante da repercussão negativa, o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) fez uma transmissão ao vivo na última segunda-feira (9) diretamente do depósito central da merenda escolar. Ele reconheceu falhas no fornecimento de proteínas e informou que a gestão iniciou um procedimento administrativo para apurar os problemas.
“Na próxima semana, vamos ampliar o número de fornecedores de proteína para evitar novos episódios como esse”, afirmou o gestor.
Por Nicolas Uchoa