Nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que nenhum funcionário público será penalizado por participar de uma greve.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Bluesky | Koo | Instagram | YouTube
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
No entanto, Lula acrescentou que, embora os servidores solicitem aumentos salariais conforme desejam, o governo só pode conceder o que está dentro de suas possibilidades financeiras.
Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente fez essas afirmações. Este ano, diversos grupos de servidores têm realizado greves para exigir melhorias salariais.
O governo já deixou claro que não há espaço orçamentário para aumentos salariais do funcionalismo público neste ano. Em vez disso, está em negociações para aumentar benefícios, como o auxílio-alimentação, e planeja reajustes para os anos de 2025 e 2026.
Lula enfatizou: “Vamos negociar com todos os grupos. Ninguém será punido por exercer seu direito de fazer greve neste país. Eu mesmo comecei minha vida profissional participando de greves. É um direito legítimo. No entanto, eles precisam entender que podem pedir o que desejam, mas o governo só pode oferecer o que pode”.
O presidente expressou o desejo de que todos os grevistas voltem ao trabalho e afirmou que o governo está realizando concursos públicos e planeja uma revisão das carreiras.
Entre as greves em curso estão as dos professores e servidores de mais de 60 universidades e institutos federais em todo o país.
O direito de greve está garantido no artigo 9º da Constituição Federal, que também estipula que “abusos” durante esses movimentos estão sujeitos a punições conforme a legislação.
Outros assuntos
Durante a conversa com os jornalistas, Lula também comentou que não vê problemas entre o governo e o Congresso e afirmou que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ele enfatizou que, como chefe do Executivo, precisa da colaboração dos presidentes da Câmara, Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para aprovar o Orçamento e outras propostas prioritárias.
Sobre as relações com o Legislativo, Lula mencionou que lamentará se o Congresso derrubar seu veto ao projeto das saidinhas, mas que não poderá fazer nada a respeito.
Ele também renovou suas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicando que não tem pressa em nomear um substituto para o economista.
Lula afirmou que Campos Neto parece não se preocupar com o desequilíbrio econômico do país e opinou que a taxa de juros ainda está elevada, apesar dos cortes consecutivos realizados pelo Copom na Selic.
Em relação às críticas de especialistas do mercado à economia brasileira, Lula declarou que valoriza mais o Brasil do que o mercado financeiro e que está mais preocupado com as classes menos favorecidas e a expectativa de crescimento da economia.
“E por que vai crescer? Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso desafiar vocês a estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e vocês vão constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade de políticas de inclusão social colocada em prática. Estamos plantando desenvolvimento, geração de emprego, melhoria das condições salariais, melhoria do salário mínimo. Estou convencido de que vamos colher um sucesso extraordinário.”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Por Bruno Rakowsky