O ator, dublador, radialista e humorista José Santa Cruz faleceu nesta sexta-feira (26), aos 95 anos, no Rio de Janeiro. Ator que enfrentava a doença de Parkinson e uma broncopneumonia, deixa a esposa, Ivane Maria Mendes Bastos, com quem foi casado por 72 anos, e teve três filhos, Elaine Maria, Eliane Maria e Eduardo Luiz, todos falecidos.
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Artista deixa ainda cinco netos e quatro bisnetos. Reconhecido carinhosamente como “Santinha” por seus amigos e colegas de profissão, seu velório está marcado para este sábado (27), no Cemitério da Penitência, em Botafogo.
Natural de Picuí, Paraíba, José Santa Cruz iniciou sua jornada artística aos dezoito anos, ao substituir um amigo em uma rádio. Desde então, sua carreira floresceu sem parar. Em 1960, estreou na televisão na TV Clube, seguiu para a TV Tupi em 1963 e simultaneamente ingressou no mundo da dublagem, antes de finalmente chegar à TV Globo em 1971.
É dele a voz que deu vida ao famoso bordão “Querida, cheguei”, imortalizado nos anos 1990 pelo patriarca da ‘Família Dinossauros’, série que marcou época na TV Globo e ainda é lembrada com carinho por muitos. Como dublador, emprestou seu timbre único a diversos personagens, incluindo Magneto nos filmes e desenhos X-Men, Rúbeo Hagrid na saga Harry Potter, J.Jameson nos filmes do Homem-Aranha, além de interpretar o ator Danny DeVito em muitos de seus filmes, entre outros.
Na TV Globo, José participou de produções como ‘Alô, Brasil!’, ‘Aquele Abraço’ e ‘Zé das Mulheres’ na década de 70, ‘O Bem Amado’ e ‘A Festa É Nossa’ nos anos 80. Entre 2002 e 2015, marcou presença em ‘Zorra Total’, desempenhando personagens como Jojoca, Barbosa, Manoelito, Costado e Tesourinha, e de 2017 a 2015 integrou o elenco do ‘Zorra’. Seu último papel na TV Globo foi como um padre na novela ‘Espelho da Vida’, exibida em 2019.
Em 2015, ele participou da série ‘Os Experientes’, onde compartilhou suas reflexões sobre a profissão de ator em uma entrevista. Ele enfatizou que não via dificuldade em evocar emoções, seja a risada ou as lágrimas, pois ambas são expressões humanas. Salientou a importância da versatilidade do ator, destacando que tanto o humor quanto o drama fazem parte do ofício, e que ele amava o que fazia, seja arrancando sorrisos ou provocando lágrimas.