Entre os que se informam sobre política principalmente pelo WhatsApp, 51% preferem que o presidente Lula (PT) vença as eleições de 2022 frente a 27% dos que optam pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). Ao todo, 17% não preferem nenhum dos dois. As informações são de Leonardo Sakamoto, colunista do UOL.
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Os dados são de pesquisa da Quaest Consultoria e da Genial Investimentos, divulgada nesta quarta (10), que levantou as intenções de voto para a eleição presidencial de outubro de 2022 e avaliou o governo Bolsonaro. Entre 3 e 6 de novembro, 2.063 entrevistas foram feitas em território nacional, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Bolsonaro foi alvo de duas ações no Tribunal Superior Eleitoral que pediam a cassação de sua chapa com o general Hamilton Mourão por terem se beneficiado de disparos em massa no WhatsApp feitos contra o seu principal oponente, Fernando Haddad (PT). A corte arquivou as ações em julgamento, no dia 28 de outubro, mas utilizou o caso para firmar entendimento de que isso pode levar à cassação em futuras eleições.
Segundo a pesquisa Quaest, o WhatsApp é o principal canal de informação sobre política para apenas 3% dos brasileiros. A TV continua sendo a fonte mais importante, com 49%.
Na sequência, aparecem as redes sociais (25%), sites, blogs e portais de notícias (9%), amigos, familiares e conhecidos (4%), rádio (3%) e jornais impressos (2%). Por fim, 4% afirmam que não costumam se informar sobre política.
Lula marca seu melhor resultado exatamente entre os que se informam principalmente pela TV: 54% preferem ele, 15%, Bolsonaro e 23%, nenhum dos dois.
O petista também está numericamente à frente junto àqueles que se informam principalmente por redes sociais, com 37%, enquanto Bolsonaro marca 35%. Com a margem de erro, há um empate técnico. Nessa categoria, 24% não querem nem Lula, nem Bolsonaro.
Bolsonaro, por sua vez, aparece numericamente à frente entre os que se informam principalmente por blogs, sites e portais de notícias: 34% escolhem o presidente enquanto 31% querem o ex de volta. Novamente, aqui há um empate técnico. E 30% afirmam que preferem que não seja eleito nenhum dos dois.
A maior diferença aberta por Lula à frente do presidente é entre quem se informa principalmente por amigos, familiares ou conhecidos. Nestes, Lula marca 51% diante de 7%, com 37% preferindo outra pessoa que não os dois.
Entre os que têm o rádio como principal fonte de informações sobre política, Lula tem 50% e Bolsonaro, 18%. E 25% não querem nem um, nem outro. Por fim, entre os que preferem jornais, Lula marca 39%, Bolsonaro, 18% e nenhum dos dois, 32%.
Considerando TV, rádio e jornais, ou seja, veículos tradicionais de comunicação, que juntos são citados por 54% como principal fonte de informação, Bolsonaro aparece com menos preferência do que a opção nem ele, nem Lula, ou seja, uma terceira via.
A pesquisa Quaest também aponta que, entre os que não costumam se informar sobre política, Lula tem a preferência de 36%, Bolsonaro, 13% e nenhum dos dois, 26%.
Intenções de voto para as eleições de 2022
O ex-presidente aparece em primeiro nos dois cenários avaliados pela Quaest para o primeiro turno de outubro de 2022.
Com o governador paulista João Doria (PSDB), Lula tem 48%, Bolsonaro, 21%, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), 8%, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), 6%, Doria, 2% e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), 1%.
Já com o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), Lula tem 47%, Bolsonaro, 21%, Sergio Moro, 8%, Ciro Gomes, 7% e Rodrigo Pacheco e Eduardo Leite aparecem empatados, com 1%.
No segundo turno, Lula vence de todos, sendo que a menor diferença aparece quando ele disputa com Bolsonaro, com 57% a 27%.