O programa Entrada Moradia, que concede um subsídio de R$ 20 mil para auxiliar na entrada da compra de imóveis, será ampliado para a região do Cariri. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, afirmou que a iniciativa chegará “com muita intensidade” à região, durante entrevista à TV Verdes Mares Cariri. Segundo ele, a medida visa fomentar o setor da construção civil local.
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Embora não tenha especificado uma data para a ampliação, Elmano destacou que o governo estadual está em diálogo com a Caixa Econômica Federal e que o banco já está articulando parcerias com prefeituras para viabilizar o programa. “O município pode até ajudar arrumando algum terreno. Se não arrumar, a empresa vai comprar o terreno, construir e colocar para vender. A pessoa consegue o financiamento na Caixa”, explicou o governador.
A meta do programa é firmar pelo menos 10 mil contratos por ano. “São R$ 200 milhões investidos pelo Governo do Ceará, um valor muito bem aplicado para que o cidadão possa sair do aluguel e ter sua casa própria, com segurança para o resto da vida”, ressaltou Elmano.
Impacto no setor
O programa tem sido um dos fatores que impulsionaram o crescimento do mercado imobiliário cearense em 2024, conforme apontado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE). No ano passado, o setor movimentou R$ 8,5 bilhões em vendas, um aumento de 25% em relação a 2023. A criação do Entrada Moradia foi uma demanda apresentada pelo Sinduscon-CE ao governo estadual para estimular a compra de imóveis.
Dados do Sinduscon-CE revelam que o setor imobiliário no Cariri teve um desempenho expressivo em 2024. Em Barbalha, foram lançadas aproximadamente oito mil unidades, incluindo loteamentos fechados, abertos e casas em condomínios. Destas, mais de sete mil foram vendidas.
Em Juazeiro do Norte, o mercado também apresentou alta demanda. Dos 21 empreendimentos lançados, totalizando 21 mil unidades, cerca de 18 mil foram loteamentos abertos. Destes, 15 mil lotes já foram vendidos, restando apenas três mil em estoque.
“Casa em condomínio, o que lançou, vendeu. A gente percebe que o escoamento de casas é muito rápido em Juazeiro”, destacou Gisele Pereira, arquiteta e urbanista da Brain, empresa responsável pelo estudo apresentado no Sinduscon-CE.
Por Bruno Rakowsky
