Os detalhes sobre os critérios, a quantidade e a logística da vacinação dos professores contra a Covid no Ceará serão definidos sexta-feira (28) em uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que envolve Governo do Estado e gestores das 184 cidades cearenses. É nesse encontro, conforme a secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Magda Almeida, que será alinhado e pactuado como ocorrerá o processo nos municípios.
“O Estado vai pactuar os critérios e a quantidade com os municípios porque esse público ainda não está na fase dele no Plano Nacional. Então, não vem vacina específica para esse grupo. Vamos ter que remanejar vacinas de outro grupo”, explica Magda.
A antecipação da vacinação dos professores no Ceará foi anunciada na semana passada pelo governador Camilo Santana. A decisão ocorreu no momento em que há pressão para o retorno gradual às aulas presenciais.
Uma das exigências também destacadas por Magda é que os professores estejam cadastrados no Saúde Digital – sistema estadual de cadastro utilizado para a vacinação e controle de aplicação das doses.
Na plataforma, criada pela Sesa, até esta manhã, havia 83 mil pessoas cadastradas como trabalhadoras da educação básica (infantil, fundamental e médio), no Estado. Outras 11,9 mil pessoas estão cadastradas como trabalhadores da educação superior.
A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) é um colegiado permanente de gestores da Saúde do Estado e dos Municípios que se reúnem para discutir e negociar questões operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
No Brasil, os trabalhadores da educação constam como prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI). Porém, no calendário nacional, esse processo só deve ser iniciado após outros grupos se vacinarem na 3º fase, como as pessoas com comorbidade.
Como ocorre em outros estados?
Neste mês, em alguns estados, governadores e prefeitos, mediante avaliações sobre os riscos e prioridades, decidiram, por conta própria, antecipar em esquemas diversos a imunização dos profissionais da educação das redes públicas e privadas, incluindo todas as etapas de ensino.
Nos demais estados, como Maranhão, Paraná, Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, dentre outros, nos quais já há vacinação dos profissionais da educação, a imunização nem sempre tem ocorrido de forma generalizada em todas as cidades, ou mesmo inclui profissionais de todas as faixas etárias.
Alguns estados ainda concentram a vacinação desse grupo nas capitais, enquanto em outros, ela já ocorre nas regiões metropolitanas e no interior. O critério adotado, em alguns casos, foi da idade, e somente profissionais acima de 40 anos ou 50 anos têm recebido, no atual momento, a vacina.
Fonte: Diário do Nordeste