“Eu mesmo me enterro vivo
E na tumba escrevo o motivo
Esse aí morreu de amor”
(Poeta Padre Brás)
Se tu quiser comigo juntar os panos
Viver sob o teto do mesmo rancho
Eu cuidando de tu
Tu cuidando de mim
Até nossas vidas chegar ao fim.
Faço votos e juras nos pés do padre
E ganho dessa vida o meu dote de felicidade
Mas se tu disser que é não
Mato dentro do meu peito
A chama desse e qualquer amor
Desmantelo o meu juízo
Por ter perdido o paraíso
Nunca mais em minha boca um sorriso
Eu mesmo me enterro vivo
E na tumba escrevo o motivo
Na trave do meu cruzeiro
de tristeza e dor:
— Esse aqui, morreu de amor!
Por Fabiano Brito. Cratense, cronista e poeta com três livros publicados: “O Livro de Eros”, “Ave Poesia” e “Lunário Nordestino” (Editora UICLAP)
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri