O Twitter disse neste domingo (18) que iria remover contas criadas exclusivamente com o propósito de promover outras plataformas sociais e conteúdo que contenha links ou nomes de usuário. Mas a empresa voltou atrás dessa decisão em menos de 24 horas.
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A página que informava a alteração foi tirada do ar. “No futuro, haverá uma votação para grandes mudanças políticas. Minhas desculpas. Não vai acontecer de novo”, disse Elon Musk.
O perfil de segurança do Twitter abriu uma enquete para saber se a plataforma deve manter essa política. Nesta segunda-feira (19), até às 13h56, 86,8% tinham votado “não”; 13,2%, “sim”.
Junto com a nova política foi divulgada uma lista de redes concorrentes que seriam proibidas:
• Facebook
• Instagram
• Mastodon
• Truth Social
• Tribel
• Post
• Nostr
Além dessas, também entra na proibição o uso de agregadores de links, como o linktr.ee.
O que se sabe sobre a proibição
A justificativa da empresa para essa nova regra é que o “Twitter não irá mais permitir divulgação gratuita de outras plataformas sociais”, dizia o anúncio na página da companhia.
• Contas usadas exclusivamente para promover conteúdo ou divulgar alguma dessas plataformas proibidas serão excluídas.
• Postagens como “me siga no Instagram em @usuario” ou “veja meu perfil no facebook/usuario” serão excluídas.
As postagens que violarem essa nova política seriam suspensas temporariamente, sendo excluídas definitivamente se houver uma nova infração, segundo a empresa.
Usuários nas redes sociais já declaram ter posts deletados por esses motivos. Alguns alegam que se adiantaram e removeram por conta própria links que direcionam para outras plataformas.
O que é permitido
O Twitter esclareceu que postagem cruzada, ou seja, incluir um vídeo do YouTube dentro de um tweet, não será um problema.
O alvo são as divulgações de outras plataformas de forma gratuita, tanto que propaganda paga será permitida, inclusive das redes na lista de proibição.
Publicação de links das redes fora da lista continuam sendo permitidas.
Gestão de Musk
A mudança de política segue outras ações caóticas no Twitter desde que Elon Musk, também presidente-executivo da Tesla, comprou a rede social em outubro.
O bilionário demitiu a alta administração e milhares de funcionários da empresa, enquanto avalia quanto cobrar pelo serviço de assinatura, o Twitter Blue.
Na sexta-feira (16) , suspendeu contas de vários jornalistas americanos, o que provocou reações de grandes veículos de comunicação, entidades da sociedade, setores políticos, além de ameaças de sanção por parte da União Europeia.
O empresário acusou os repórteres de compartilhar informações privadas sobre seu paradeiro, sem apresentar provas. Depois, no sábado (17) Musk voltou atrás e restabeleceu as contas suspensas de jornalistas.
Elon Musk foi à final da Copa e disse que o evento tem recorde de tuítes. Em sua conta, ele postou vídeos, parabenizou o gol de Messi e disse que o jogo estava “superemocionante”. O empresário também revelou que, com o gol da França, o número de tuítes foi o mais alto para uma Copa. “24.400 tuítes por segundo com o gol da França, o maior da história da Copa do Mundo”, disse.
Fonte: g1