Com a chegada do período de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), criminosos estão se aproveitando da situação para aplicar golpes financeiros. Um dos mais recorrentes é o do falso SMS, no qual mensagens fraudulentas oferecem descontos expressivos para a quitação do imposto e direcionam as vítimas para sites falsos.
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Como funciona o golpe do falso SMS do IPVA?
O golpe começa com o envio de um SMS que promete um desconto de até 45% no pagamento do IPVA 2025. A mensagem contém um link que leva a um site com aparência semelhante ao portal oficial da Secretaria da Fazenda, geralmente utilizando um domínio “.org” para enganar as vítimas.
Ao acessar o site falso, o contribuinte é induzido a inserir a placa do veículo e outras informações. O sistema fraudulento então exibe os dados do automóvel, criando uma falsa sensação de segurança. Em seguida, a vítima é direcionada a fornecer o CPF e, por fim, a realizar o pagamento via QR Code para Pix. No entanto, o valor acaba sendo transferido diretamente para a conta dos criminosos.
A empresa de segurança digital Kaspersky identificou pelo menos 15 domínios utilizados para esse tipo de fraude e alerta que os dados inseridos no site falso podem ser utilizados para golpes futuros.
Como evitar cair nesse tipo de golpe?
Para evitar ser vítima dessa armadilha, é fundamental seguir algumas recomendações de segurança:
1. O Detran não envia SMS sobre pagamento de IPVA
Os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e a Secretaria da Fazenda não enviam notificações sobre o IPVA por SMS, e-mail ou ligações. As comunicações oficiais são feitas apenas por meio dos sites governamentais e do Diário Oficial do Estado.
2. Desconfie de grandes descontos
Os descontos no pagamento do IPVA à vista costumam ser baixos. Em 2025, por exemplo, São Paulo oferece apenas 3% de abatimento, enquanto Minas Gerais concede até 6% pelo programa Bom Pagador. Portanto, qualquer oferta que prometa 45% de desconto deve ser tratada com suspeita.
3. Consulte apenas os canais oficiais
Para confirmar valores e prazos do IPVA, sempre acesse o site oficial do Detran ou da Secretaria da Fazenda do seu estado. Nunca clique em links recebidos por SMS ou e-mail.
4. Evite inserir dados pessoais em sites desconhecidos
O pagamento do IPVA exige informações como Renavam e placa do veículo, mas nunca o CPF do proprietário. Se um site solicitar esse dado, desconfie e não prossiga.
5. Mantenha um antivírus atualizado no celular e computador
Softwares de segurança podem bloquear sites falsos e impedir a abertura de links suspeitos, protegendo seus dados e evitando ataques de phishing.
6. Não clique em links de remetentes desconhecidos
Caso receba um SMS sobre o IPVA e não reconheça o número do remetente, não clique no link. Prefira consultar os dados do tributo diretamente nos portais oficiais.
7. Fique atento a sinais de phishing
Phishing é um golpe em que criminosos usam mensagens enganosas para induzir vítimas a fornecerem dados pessoais ou bancários. Fique atento a:
• Erros ortográficos ou de formatação na mensagem;
• Descontos exagerados ou promessas irreais;
• Tom de urgência, como “última chance para pagar com desconto”.
8. Verifique o destinatário do pagamento via Pix
Se optar por pagar o IPVA via Pix, confira o destinatário antes de concluir a transação. O nome correto deve ser Secretaria da Fazenda e Planejamento ou equivalente no seu estado.
O que fazer se cair no golpe?
Caso perceba que realizou o pagamento para uma conta suspeita, siga estes passos imediatamente:
1. Entre em contato com o banco e tente cancelar a transação;
2. Registre um boletim de ocorrência na delegacia ou pela Delegacia Eletrônica do seu estado;
3. Comunique o Detran e a Secretaria da Fazenda sobre o golpe;
4. Divulgue o golpe entre amigos e familiares para evitar que mais pessoas sejam vítimas.
A cada ano, criminosos aprimoram seus métodos para enganar contribuintes durante o período de pagamento do IPVA. Por isso, adotar boas práticas de segurança digital e verificar sempre as fontes oficiais são medidas essenciais para evitar fraudes.
Por Bruno Rakowsky