Anúncio
Hospedagem de sites ilimitada superdomínios
Revista Cariri
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato

Sem Resultado
Ver resultados
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato
Sem Resultado
Ver resultados
Revista Cariri
Sem Resultado
Ver resultados
PUBLICIDADE

Semana Santa – Por Francinaldo Dias

16 de abril de 2025
Semana Santa – Por Francinaldo Dias

(Foto: Grant Whitty/Unsplash)

PUBLICIDADE

O texto sagrado dos cristãos nos conta que O filho de Deus passou quarenta dias no deserto e sofreu toda ordem de tentações. Após aqueles dias difíceis de reflexão Ele retornou à cidade para cumprir aquilo que estava determinado para Ele. O retorno retratado na bíblia fala do domingo de ramos, do lava pés, numa sequência dos dias que antecederam de imediato o sacrifício de jesus. Em Lucas 22, 53, há a referência à quarta-feira de trevas, a escuridão metafórica da noite em que fora preso. Em Mateus, 26, versículos 26-30 a referência à Quinta-feira que foi o dia em que se realizou a última ceia de Jesus com seus amigos e na sexta-feira da paixão, o dia em que o Ravi foi crucificado, não sem antes sofrer todo tipo de humilhações, e tudo isso, de acordo com a tradição para remir os pecados do mundo.

Desde criança que ouço essa história, e sempre fiz minhas reflexões à cerca da simbologia da semana santa para os cristãos, especialmente os católicos, já que sou de uma família católica. Nessas reflexões não via sentido entre o que Jesus tinha passado e o espírito que pairava sobre o povo. Para mim, criança, era um período de muita felicidade que ia desde a ociosidade dos dias sem aula até a fartura das mesas nos almoços em família.

É que a nossa compreensão de cabinha só alcançava as coisas agradáveis. Na quarta-feira de trevas não tomávamos banho, e mesmo que passássemos a manhã e a tarde em brincadeiras, normalmente o futebol no campinho do Barreirão, à tardinha só nos saciávamos, uma espécie de assepsia paliativa. Na quinta-feira seguíamos nosso ritual de cabinhas soltos nas brincadeiras. Se as caçadas de baladeira eram proibidas, íamos ao Cafundó em pescarias nem sempre promissoras, mas sempre satisfatórias pelos banhos de rio, críamos em que as águas naqueles dias estavam bentas, e não adoeceríamos. embora proibidos, não havia punição porque os pais não podiam bater nos filhos na semana santa. À mesa no almoço e na janta, já se via um gradativo aumento da fartura, arroz, feijão verde, peixe assado, bacalhau, saladas, bolinhos de macaxeira, tudo muito bom. E nos deliciávamos como se fosse a nossa última ceia, embora sabendo que na sexta seria ainda mais especial.

A sexta-feira éramos obrigados a jejuar, o que não nos era muito agradável, aquele ócio escolar, dedicado às brincadeiras implicava gasto de energia o que não combina com jejum. Então, para nós não havia pecado em comer escondido uma fruta, um pedaço de bolo, uma espiga de milho cozida no intervalo do café da manhã e o almoço. Foi numa destas ocasiões de jejum imposto arbitrariamente pelas mães que aprendi uma lição comovente. “Marcos, que chamávamos Bainha, num ato de ousadia, pegou na frente de sua mãe um pedaço de coco e começou a comer. Ao que sua mãe o repreendeu que era pecado, já que deveria jejuar. Marcos que naquele tempo contava já uns 17 anos, emendou: ‘a gente já jejua o ano todo, quando tem fartura tem que jejuar mais?’ e deu o xeque-mate ; ‘pecado é não comer com tanta comida boa’, trago até hoje essa lição. Eram tempos difíceis aqueles”. Ele tinha razão, pecado mesmo era ficar com fome diante de tanta opção. Na hora do almoço, aquela mesa sortida não lembrava nem um pouco que jesus seria crucificado.

No sábado, íamos à noite à missa de aleluia, afinal o Cristo haveria de ressuscitar. Para a turma era um barato ficar até muito tarde na Praça da Sé à espera do toque dos sinos anunciando que o Cristo estava vivo. No domingo de páscoa, pelas ruas da cidade os caretas, meninos e homens vestindo roupas velhas com máscaras de papelão faziam a festa e o terror da molecada. A alegria era tanta pela ressuscitação do Cristo que os caretas passavam o dia bebendo cachaça com o dinheiro que recebia das doações dos populares. No início da noite a atração era a explosão do Judas, lia-se o testamento, em versos de cordel, onde se homenageava algumas pessoas da comunidade com sátiras sobre o que o Judas lhes deixava, em seguida só se ouvia o estrondo, e os populares correndo para tentar apanhar algum que dinheiro que geralmente era colocado no boneco.

As semanas santas de antigamente eram muito melhores que as de hoje. Mas uma coisa ainda ocorre: pouco lembram a simbologia da paixão e sacrifício do Cristo. A diferença é que naqueles tempos quando éramos crianças, cabinhas soltos em brincadeiras, havia uma inocência, hoje as razões são outras.

Por Francinaldo Dias. Professor, cronista, flamenguista, contador de “causos” e poeta

*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri

Revista Cariri Recomenda

O tempo muda as coisas e as coisas se moldam ao tempo – Por Francinaldo Dias
Colunistas

O tempo muda as coisas e as coisas se moldam ao tempo – Por Francinaldo Dias

14 de maio de 2025
O amor não morre – Por Fabiano Brito
Colunistas

O amor não morre – Por Fabiano Brito

13 de maio de 2025
Um Leão no trono de Pedro – Por Mirta Lourenço
Colunistas

Um Leão no trono de Pedro – Por Mirta Lourenço

10 de maio de 2025
Os galos começam a cantar – Por Alexandre Lucas
Colunistas

Os galos começam a cantar – Por Alexandre Lucas

8 de maio de 2025
Próximos
Garota do Momento, Volta por Cima e Vale Tudo: veja o resumo das novelas nesta segunda-feira (31)

Garota do Momento, Volta por Cima e Vale Tudo: veja o resumo das novelas nesta quarta-feira (16)

Polícia Federal deflagra operação em Juazeiro do Norte para investigar compra de votos

Polícia Federal deflagra operação em Juazeiro do Norte para investigar compra de votos

Após fim da quadra chuvosa, reservatórios monitorados registram 38% de volume e aumentam garantia hídrica do estado

💧 Ceará registra 43 açudes sangrando e Orós se aproxima do transbordamento

Mais Lidas

  • Justiça concede prisão domiciliar a influenciadora detida na Operação Gizé

    Justiça concede prisão domiciliar a influenciadora detida na Operação Gizé

  • Indústria cearense lidera crescimento nacional no 1º trimestre com alta de 3,5%

  • Fraude nos descontos do INSS: mais de 473 mil aposentados pedem ressarcimento no 1º dia de contestação

  • Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

  • Desmatamento no Brasil recua em todos os biomas, indica relatório

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Sem Resultado
Ver resultados

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Controle sua privacidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
WhatsApp chat