Pelé, 82, não responde mais ao tratamento quimioterápico e está sob cuidados paliativos. O ex-jogador estava tratando um câncer de cólon desde setembro do ano passado. No início de 2022, entretanto, foram diagnosticadas metástases no intestino, fígado e pulmão.
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Os cuidados paliativos visam oferecer conforto, qualidade de vida e aliviar o sofrimento de um paciente com uma doença incurável. As medidas vão depender dos sintomas e do prognóstico —quanto tempo de sobrevida é esperado para o paciente.
Além de atuar junto do enfermo, o paliativista também trabalha com toda a família do paciente, para aliviar possíveis focos de aflição e garantir o mínimo de bem-estar, dignidade, autonomia e independência neste momento.
A decisão sobre fazer ou não determinado tratamento depende de uma conversa franca e honesta, que envolve toda a equipe médica, o paciente (se ele estiver consciente) e a família. A partir dessa reunião, é possível chegar a um consenso e tomar uma decisão em conjunto sobre o melhor caminho a seguir.
Princípios básicos dos cuidados paliativos:
• Promover o alívio da dor e de outros sintomas;
• Não acelerar nem adiar a morte;
• Oferecer suporte para que o paciente viva tão ativamente quanto possível;
• Ser iniciado o quanto antes, junto de outras medidas para prolongar a vida;
• Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural;
• Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
• Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso de vida;
• Auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto.
A equipe de cuidados paliativos é composta por diversos profissionais que controlam os sintomas:
• Do corpo (médicos e enfermeiros);
• Da mente (psicólogos e psiquiatras);
• Espirituais (padre, pastor, rabino, entre outros);
• Sociais (assistentes sociais).
Além do câncer
Veja as principais condições que requerem cuidados paliativos:
• Doenças cardiovasculares (38%);
• Cânceres (34%);
• Anormalidades congênitas (25%);
• DPOC, ou doença pulmonar obstrutiva crônica (10%);
• Aids (5,7%);
• Diabetes (4,5%);
• Alzheimer e outras demências (1,65%).
O que não são cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos, quando bem feitos e conduzidos, não têm nada a ver com eutanásia, ou com deixar o paciente morrer sem oferecer a ele o melhor tratamento.
Eles envolvem, na verdade, discutir os tratamentos disponíveis para aquele caso e pensar, seguindo a evidência científica, as opções terapêuticas que não vão funcionar e podem até aumentar o sofrimento.
Os cuidados paliativos tentam trazer alívio em todas as fases da doença e podem ser empregados em paralelo à terapia padrão.
Fonte: VivaBem/UOL