Com o início do ano letivo, o aumento de aglomerações em ambientes escolares pode elevar a incidência de infecções respiratórias, como gripes e resfriados. Para crianças com doenças respiratórias crônicas, como asma e rinite alérgica, esse cenário requer atenção redobrada dos pais e responsáveis. Essas condições podem agravar os sintomas respiratórios, aumentando o risco de crises e complicações.
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Segundo a pediatra Isabella Barreto, do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza, a manutenção do calendário vacinal e uma alimentação equilibrada são fundamentais para proteger as crianças.
“As vacinas recomendadas incluem a da gripe (Influenza), aplicada anualmente, além das vacinas contra Covid-19, pneumocócica e meningocócica. Elas ajudam a prevenir formas graves de doenças respiratórias e a reforçar a imunidade das crianças”, explicou a médica.
Além disso, a especialista orienta evitar contato com pessoas que apresentem sintomas de doenças respiratórias. “Se a criança estiver gripada, é importante mantê-la em casa, especialmente aquelas com comorbidades, para prevenir contágios que podem evoluir para quadros mais graves”, reforçou.
Sinais de alerta
Os pais devem observar atentamente os sintomas de possíveis complicações respiratórias. Dificuldade para respirar, chiado no peito, febre alta persistente, recusa alimentar e mudanças no comportamento, como irritação ou cansaço excessivo, são sinais que demandam atenção médica imediata.
Para proteger as crianças no ambiente escolar, Isabella Barreto sugere priorizar espaços arejados, limpos e livres de poeira, ácaros ou mofo. Ambientes adequados contribuem para reduzir os fatores que desencadeiam crises respiratórias.
Acesso às vacinas
As vacinas essenciais estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde em todo o estado. De acordo com Ana Karine Borges Carneiro, coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), manter a caderneta de vacinação em dia não apenas protege as crianças, mas também reduz a circulação de doenças na comunidade.
“As vacinas do Programa Nacional de Imunização previnem contra doenças como influenza, Covid-19, pneumonia, meningite e outras infecções graves. A vacinação também evita sequelas e complicações associadas a essas doenças”, destacou Ana Karine.
> Confira aqui os imunizantes do calendário vacinal distribuídos por idade
Entre as vacinas prioritárias está a contra a coqueluche, uma doença grave que pode causar complicações severas, principalmente em crianças menores de seis meses. Em 2024, diante de surtos registrados em outros países, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para profissionais que atuam em creches e berçários.
Outra vacina de destaque é a pentavalente, que protege contra difteria, tétano, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, importante causa de meningite e pneumonia em crianças menores de 5 anos.
Cobertura vacinal contra Covid-19
A vacina contra a Covid-19 para crianças também é considerada essencial, mas ainda apresenta baixa adesão, com apenas 44% do público infantil com o esquema vacinal completo. Esse imunizante, incluído no Calendário Nacional de Vacinação, está disponível desde janeiro de 2024 e é indispensável para reduzir a transmissão do vírus.
Ana Karine enfatizou a importância da imunização para proteger a comunidade. “Quanto maior o número de crianças vacinadas, menor é a circulação dos patógenos. Isso protege não apenas os vacinados, mas também aqueles que, por algum motivo, não podem ser imunizados”, concluiu.
Por Heloísa Mendelshon