O Brasil atingiu hoje 21.048 mortes em decorrência do novo coronavírus — 1.001 delas registradas nas últimas 24 horas. Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, o país soma 330.890 diagnósticos da doença, com a confirmação de 20.803 infectados entre ontem e hoje.
Com os dados de hoje, o Brasil passou a Rússia em número de casos confirmados e é agora o segundo país no mundo com mais infectados, atrás apenas de Estados Unidos (quase 1,6 milhão). Na Rússia, o balanço é de 326.448, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Ainda segundo o ministério, 3.552 óbitos suspeitos ainda estão em investigação e 174.412 casos seguem em acompanhamento. Um total de 135.430 pacientes já se recuperou da doença.
Nesta semana, o país registrou pela primeira vez mais de mil óbitos entre um dia e outro; na terça-feira, foram 1.179 mortes pela doença. Já ontem, a marca negativa de mil mortes confirmadas pela doença em 24 horas se repetiu, com novos 1.188 óbitos registrados.
Mais de 200 mil casos em um mês
Em menos de um mês, o país passou de 100 mil diagnósticos para mais de 300 mil infectados pela doença, com aceleração do aumento de casos confirmados nas últimas duas semanas.
No dia 03/05, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 mil casos, com 101.227 diagnósticos da doença. Foram necessários 67 dias, desde o primeiro infectado confirmado no país, para que chegasse a este número. No entanto, onze dias depois, em 14/05, o país entrou na casa dos 200 mil casos: 202.918 infectados.
Apenas uma semana após passar os mais de 200 mil diagnósticos, o Brasil atingiu ontem 310.087 casos.
Covid mata mais jovens no Brasil do que em outros países
A proporção de adultos jovens mortos pelo novo coronavírus no Brasil é superior à de outros países duramente afetados pela pandemia, sobretudo nas classes mais pobres, que enfrentam mais obstáculos para cumprir as medidas de distanciamento social.
No país de 210 milhões de habitantes, com uma população mais jovem que a europeia, 69% dos falecidos por Covid-19 têm mais de 60 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Em países como Itália e Espanha, os maiores de 60 representam 95% dos óbitos.
A diferença se explica, em primeiro lugar, pela pirâmide populacional: apenas 13,6% dos brasileiros têm mais de 60 anos, frente a 25% dos espanhóis e 28% dos italianos.
Números não refletem as últimas 24h
Os números de diagnósticos e óbitos confirmados pelo governo entre um dia e outro não necessariamente ocorreram de ontem para hoje.
O Ministério da Saúde explica que há atrasos de até dois meses nos registros feitos pelas secretarias, provocados pela fila de testes, e que as confirmações podem refletir ocorrências desde o início da pandemia.
Fonte: UOL (Com informações da AFP)