Os remédios genéricos são versões menos caras de medicamentos de marca que podem poupar-lhe dinheiro, sobretudo se você sofre de um mal crônico que exija medicação contínua. Mas você pode achar que não obterá os mesmos benefícios dos medicamentos de marca. Para a maioria das pessoas, a resposta é um sim inequívoco. Porém, para as outras, depende da natureza do medicamento e do estado de saúde de quem o utiliza.
Curta e siga nossas redes sociais:
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso Whatsapp.
Genéricos ou não, eis a questão
Ao serem patenteadas, todas as substâncias ativas dos medicamentos – sujeitos a receita ou não – recebem um nome genérico (paracetamol, por exemplo), normalmente derivado da respectiva composição química. Uma vez aprovado para venda, o medicamento é licenciado a um fabricante. Habitualmente, aquele que o criou lhe aplica um nome de marca (como Tylenol).
A patente é válida por vinte anos, período durante o qual nenhuma outra empresa pode fabricar medicamentos contendo o mesmo fármaco e receber aprovação. Passados vinte anos, o medicamento – e não o nome comercial – torna-se propriedade pública. Isto é: outras empresas passam a poder fabricar medicamentos contendo o mesmo composto. Desde que lhe deem um nome comercial diferente. Estas versões, muitas vezes designadas pelo nome químico original, são o que chamamos de medicamentos genéricos.
Os medicamentos genéricos devem ser idênticos ao original na forma como atuam. Para assegurar a eficácia e a segurança dos genéricos, é exigida prova da sua bioequivalência. Assim, embora os componentes não-ativos possam ser diferentes, o medicamento genérico tem de conter a mesma substância ativa na mesma dose que o original.
Ao serem testados, os medicamentos genéricos devem provar que possuem uma biodisponibilidade dentro de uma margem de 20% do original. Isto é, ao tomarmos o genérico a quantidade de substâncias ativas que penetram na nossa circulação não pode diferir estatisticamente em mais de 20% – abaixo ou acima – da quantidade que estaria presente se tomássemos a versão da primeira marca comercial.
Fármacos críticos
Assim, essa regra significa, na prática, que a biodisponibilidade deve diferir habitualmente em menos de 5%.
São exceções a regra os chamados fármacos críticos. Esses exigem uma dose tão precisa que mesmo as menores variações podem ser perigosas. Como exemplos temos a digoxina, para problemas do coração; os fármacos imunossupressores, para os pacientes com transplantes, e a teofilina, para a asma.
Equilibrando as diferenças
A grande diferença entre os medicamentos de marca e os genéricos é o preço. Os fabricantes de genéricos podem vender mais barato porque, em muitos casos, tudo que fazem é uma cópia do medicamento já existente. De modo contrário, os fabricantes de marcas comerciais tiveram de custear as pesquisas, o desenvolvimento e a publicidade.
Assim, os medicamentos genéricos afastam-se, em geral, dos de marca no que se refere aos componentes não-ativos, como os excipientes, os corantes e os sabores.
Para a maioria das pessoas, a diferença nos componentes não-ativos não tem importância. Porém, para algumas, mudar de produtos de marca para genéricos pode causar problemas. Por exemplo, o tamanho, a forma, ou o revestimento do medicamento genérico pode torná-lo mais difícil de engolir.
O medicamento genérico pode conter um excipiente ou um corante que cause alergias. Ou, ainda, um novo excipiente em sua composição, como lactose, que faça mal ao usuário.
Optar pelo genéricos
Em geral, os médicos receitam medicamentos de marca porque não estão tão familiarizados com as versões genéricas do mercado. Mas cada vez mais deixam ao paciente a opção de escolha. Para isso, devem escrever na receita o nome do medicamento genérico, e não o nome da marca. Para obter dados sobre ambas as versões, pergunte ao seu farmacêutico.
Então, você pode optar pelo medicamento genérico se preferir um medicamento mais barato. Se você sentir qualquer reação adversa, fale com o seu médico.
Fonte: Seleções