Após ser traficado para os Estados Unidos, o fóssil cearense da aranha Cretapalpus vittari — batizada com esse nome para homenagear a cantora Pablo Vittar — voltou para casa nesta quinta-feira (21), no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Santana do Cariri, no Interior do Ceará.
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As peças chegaram ao Ceará no último dia 15, mas foram devolvidas oficialmente ao equipamento hoje. A Universidade Regional do Cariri (Urca) celebrou o retorno em solenidade com pesquisadores nesta manhã.
Além desta, também foram devolvidas 35 peças, vindas da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. O fóssil pertence a uma aranha da família Palpimanidae, oriunda da Chapada do Araripe, no Ceará.
Segundo a instituição, o material devolvido está em bom estado de conservação. A descrição do fóssil foi realizada por Downen, cientista que realizou a devolução. Ele contou com a ajuda do britânico Paul A. Selden.
O tráfico do fóssil foi investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Ceará.
Retorno é comemorado por pesquisadores
O diretor do Museu de Paleontologia, Allysson Pinheiro, comemorou a conquista do material. Ele informou que vieram mais fósseis do que o previsto, incluindo alguns que não havia o conhecimento de estarem nos EUA.
A coordenadora do Setor de Geoconservação, Maria Edenilce Peixoto, representando o setor de geologia do Geopark Araripe, além de curadora do Museu, disse que a devolução foi cordial e de forma articulada.
“Uma repercussão positiva que mobilizou pessoas nos Estados Unidos. Quanto mais se pautar essa questão, conseguiremos espaço e os pesquisadores de fora terão consciência que o fóssil é daqui. É uma conquista imensa e histórica”, disse a professora e pesquisadora da Universidade Regional do Cariri (URCA).
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste