Fevereiro de 2023 foi o segundo menos chuvoso dos últimos sete anos no Ceará. De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o mês foi encerrado com acumulado de 116,1 milímetros (mm), ligeiramente abaixo da normal climatológica do período, que é de 118,8 mm.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
• Facebook
• Twitter
• YouTube
• Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
O volume registrado neste ano é quase o dobro do observado em fevereiro de 2022 (64,5 mm), mas fica abaixo dos índices de 2021 (125,9 mm), 2020 (191,2 mm), 2019 (172 mm), 2018 (196,8 mm) e 2017 (159,6 mm). Antes, acumulado menor tinha sido registrado em 2016 (53,1 mm). Primeiro mês da estação chuvosa, fevereiro abre a temporada das chuvas no Ceará, que se estende até maio.
Segundo a Funceme, as regiões mais chuvosas foram o Litoral de Fortaleza (167,5 mm), Litoral Norte (157 mm) e Litoral do Pecém (149,6 mm), enquanto o Sertão Central e Inhamuns marcou o menor índice (89,3 mm). O mapa climatológico do Estado é dividido em oito macrorregiões. Destas, apenas a Ibiapaba terminou o mês com chuvas abaixo da média, com 101,4 mm, volume um pouco abaixo do limite inferior (101,9 mm).
O meteorologista da Funceme, Vinícius Oliveira, explicou que as chuvas de fevereiro foram causadas pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). “Esse é principal sistema indutor de chuvas durante o período da estação chuvosa aqui no Ceará”, destacou. Em março, o cenário continua favorável para precipitações, mas com a atuação de um outro fenômeno.
“O Estado começa a sofrer influência de áreas de instabilidade oriundas do Oceano Atlântico”, frisou o especialista. O quadro deve resultar em chuvas até a próxima sexta-feira, 3, conforme a previsão mais recente divulgada pela Funceme. Na quinta-feira (2), as chances de precipitações são maiores na faixa litorânea, Ibiapaba, no Maciço de Baturité e no Cariri.
No dia seguinte (3), a possibilidade de chuvas se estende para todas as macrorregiões. A tendência é que haja predominância de céu nublado ou parcialmente nublado nos dois dias. Além da atuação dos fenômenos meteorológicos, a quantidade de chuva também pode ser influenciada por efeitos locais, como sistema de brisa, temperatura e umidade.
Por Luciano Cesário
Fonte: O Povo