A quadra chuvosa de 2025 no Ceará começou oficialmente neste sábado (1º) e seguirá até o dia 31 de maio, marcando o período de maior concentração de precipitações no estado. O início ocorre após janeiro registrar o maior volume de chuvas dos últimos 14 anos, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
De acordo com os dados preliminares da Funceme, até a última sexta-feira (31), o Ceará acumulava 194,2 mm de chuva em janeiro, um volume 94,5% acima da média histórica do mês, que é de 99,8 mm. Os números ainda podem ser atualizados com novas informações.
A forte incidência de chuvas no primeiro mês do ano foi resultado da atuação conjunta de sistemas meteorológicos, como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). No entanto, a Funceme destaca que esses fenômenos são característicos da pré-estação e não influenciam diretamente na quadra chuvosa.
O dia 15 de janeiro se destacou como um marco no volume de precipitações, quando o Ceará registrou uma média de 62,2 mm em apenas 24 horas. A última vez que um janeiro apresentou chuvas tão expressivas foi em 2011, quando inundações e alagamentos foram registrados em diversas cidades do interior.
Prognóstico para a quadra chuvosa
No último prognóstico divulgado, a Funceme indicou que há 45% de probabilidade de chuvas dentro da normalidade na quadra chuvosa, 35% de chances de precipitações abaixo da média e 20% de possibilidade de volumes acima do esperado.
Os modelos climáticos apontam diferenças na distribuição das chuvas ao longo do território cearense. A tendência é de maior volume no noroeste do estado, enquanto as regiões do sudeste devem apresentar índices abaixo da média histórica.
Confira a média histórica de chuvas para os próximos meses:
• Fevereiro: 121,3 mm
• Março: 206,5 mm
• Abril: 190,7 mm
• Maio: 90,7 mm
A Funceme recomenda o acompanhamento diário das previsões, especialmente por meio do sistema de previsão subsazonal, que analisa tendências climáticas para períodos de 7 a 44 dias. Essas informações são fundamentais para a atuação das equipes da Defesa Civil na prevenção de impactos negativos causados pelas chuvas.
Influência do La Niña e previsão de calor intenso
O Boletim Agroclimatológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o trimestre janeiro-março de 2025 reforça a expectativa de chuvas próximas ou abaixo da média em todo o Nordeste.
Para os produtores rurais, a previsão indica baixos níveis de umidade do solo no Ceará e em outros estados da região, o que pode impactar o plantio. Já no Maranhão, oeste da Bahia e partes do Piauí, os níveis devem ser mais elevados, variando entre 70% e 90%.
Com relação às temperaturas, o boletim aponta que o calor intenso deve continuar predominando, com valores acima da média histórica.
Outro fator climático importante é o fenômeno La Niña, que costuma favorecer chuvas no Nordeste. Entretanto, centros de pesquisa internacionais indicam que sua atuação será de curta duração, com intensidade entre fraca e moderada, até o trimestre fevereiro-março-abril de 2025.
Previsão do tempo para o fim de semana
Para este sábado (1º) e domingo (2), a Funceme prevê chuvas isoladas durante a madrugada e manhã na faixa litorânea, além de precipitações na tarde e noite na Ibiapaba e na porção oeste do Sertão Central e Inhamuns.
Além disso, a nebulosidade deve diminuir em todo o estado. Confira o detalhamento por período:
Sábado (1/02)
• Noite: Céu variando de nublado a poucas nuvens, com baixa possibilidade de chuva isolada na Ibiapaba.
Domingo (2/02)
• Manhã: Céu variando de parcialmente nublado a poucas nuvens.
• Tarde: Céu parcialmente nublado, com baixa possibilidade de chuva isolada no Litoral Norte e na Ibiapaba.
• Noite: Céu parcialmente nublado a poucas nuvens.
Por Bruno Rakowsky
