A Cáritas Diocesana de Crato, junto com diversas entidades da região do Cariri, está promovendo uma campanha para arrecadar alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal e dinheiro para migrantes, catadores e mulheres vítimas de violência.
A ação é uma forma de auxiliar estas pessoas que, por causa das medidas de isolamento social para conter a Covid-19, não estão conseguindo trabalhar.
A coordenadora da Cáritas, Verônica Carvalho, explica que a campanha ajudará 50 catadores e suas famílias, de associações de Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte. Além disso, dará auxílio a 20 migrantes que estão instalados na Casa do Migrante, em Crato, em mais 53 que são acompanhados fora do equipamento. Todos eles são venezuelanos.
“Eles estavam em trabalho informal e com a quarentena estão todos dentro de casa, sem trabalho, sem ganho, sem nada. Eles precisam dessa solidariedade”, justifica.
A prioridade, por enquanto, são de catadores e migrantes, mas “dependendo do número de doações, a gente vai direcionar para mulheres vítimas de violências”, completa Verônica. Para ela, este é um momento de grave crise sanitária e que também está assolando a região do Cariri.
“Precisamos fazer alguma coisa, principalmente a Cáritas, que tem como missão a promoção da vida. A gente não poderia assistir a tudo isso, sem uma ação concreta”, reforçou.
Os alimentos e produtos de higiene e limpeza podem ser entregues, das 8h às 17h, nos seguintes endereços: em Crato, na sede do Grunec, na Rua Coronel Segundo, 287, Centro; em Juazeiro do Norte, na Rua São Francisco, 1114, no bairro São Miguel.
Para doar dinheiro, pode ser feito depósito ou transferência para a seguinte conta bancária: Agência: 94-9, Conta Corrente: 32.231-8, Banco do Brasil, Cáritas Diocesano do Crato, CNPJ: 01.301.918/0001-33.
Criado em setembro de 2018, o Comitê de Migração e Refúgio do Cariri Cearense acolheu, ano passado, 15 famílias venezuelanas. Em Crato, foram instalados na Casa do Migrante, inaugurada em novembro do ano passado, e são direcionadas para outros municípios.
As crianças estrangeiras são inseridas nas escolas e também recebem apoio para agilizar o processo de criação do cartão de acesso ao Sistema Único de Saúde.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste