A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta segunda-feira (3) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), além de sua inclusão na lista vermelha da Interpol e o bloqueio de seus bens. O pedido foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e é mantido sob sigilo.
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Zambelli, condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participação na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), deixou o país antes da conclusão do processo. Em declarações recentes à imprensa, afirmou estar nos Estados Unidos e que pretende se estabelecer na Europa, alegando que buscará tratamento médico e solicitará licença do mandato parlamentar.
🛂 Pedido de inclusão na Interpol
No pedido enviado ao STF, Gonet afirma que não se trata da execução antecipada da pena, mas de uma medida cautelar para garantir a aplicação da lei penal. O procurador defende que, diante da fuga, a prisão preventiva e a emissão de alerta internacional sejam necessárias para conter os efeitos da evasão.
“Há necessidade, além disso, para eficácia da medida requerida, da inclusão do nome da parlamentar requerida na difusão vermelha da Interpol, com a suspensão de seu passaporte e imediata comunicação aos países”, aponta o texto.
📌 A PGR também pediu o sequestro de bens da parlamentar, o que poderá dificultar qualquer tentativa de movimentação financeira internacional.
🚨 Fuga e status de foragida
Para o Ministério Público, Zambelli deve ser considerada foragida da Justiça brasileira, uma vez que anunciou publicamente sua permanência fora do país e demonstrou intenção de não cumprir a pena aplicada pelo STF, cuja execução está prevista em regime fechado.
Ministros da Corte ouvidos pela GloboNews interpretaram a saída da deputada como uma tentativa deliberada de evitar as consequências da condenação.
⚖️ Outras ações contra Zambelli
Além da condenação relacionada à invasão dos sistemas do CNJ, a deputada é alvo de diversos outros processos judiciais:
No STF, é ré em uma ação penal por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, após um episódio ocorrido em outubro de 2022, em que sacou uma arma e perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva nas ruas de São Paulo. O julgamento foi interrompido em março de 2025 por pedido de vista do ministro Nunes Marques, quando já havia seis votos favoráveis à condenação por 5 anos e 3 meses de prisão e cassação do mandato.
É investigada em dois inquéritos sigilosos no STF:
• inquérito das fake news, que apura disseminação de notícias falsas e ataques a ministros;
• inquérito das milícias digitais, que investiga envolvimento em articulações golpistas após as eleições de 2022.
Já na Justiça Eleitoral, Zambelli foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, sendo declarada inelegível por oito anos e com o mandato cassado. O processo está em fase de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por Nágela Cosme










