O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora réu por tentativa de golpe de Estado, afirmou nesta quarta-feira (26) que a direita não tem outro nome para disputar as eleições presidenciais de 2026 além dele próprio.
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“Não vai ser o Jair, é isso que você quer dizer? Vai ser o Messias. Você quer um terceiro nome? Seria o Bolsonaro. É Jair, Messias ou Bolsonaro”, disse Bolsonaro ao ser questionado sobre alternativas dentro do campo conservador.
A declaração ocorreu um dia após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra o ex-presidente, tornando-o réu sob a acusação de ter integrado o núcleo central de uma trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023.
Bolsonaro réu e inelegível
Além do processo no STF, Bolsonaro já está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A condenação ocorreu em junho de 2023, devido a um encontro com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, quando o então presidente fez alegações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Outros réus no caso do golpe
A denúncia aceita pelo STF também atinge outros nomes ligados ao governo Bolsonaro, incluindo:
Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin)
Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa)
Os réus enfrentam acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos ao patrimônio público tombado. Se condenados, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
Protesto e entrevista interrompida
Bolsonaro passou o dia no Senado, no gabinete do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e concedeu duas entrevistas à imprensa.
Durante a segunda entrevista, um manifestante interrompeu o momento ao tocar a Marcha Fúnebre de Frédéric Chopin no trompete, chamando a atenção dos presentes.
Por Pedro Villela, de Brasília