A edição 2020 da Operação Carnaval da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Ceará, com início nesta sexta-feira (21), terá um acréscimo de 23 bafômetros, totalizando 77 equipamentos para medir o nível etílico nos condutores em estradas federais.
No mesmo período do ano passado, foram utilizados apenas cinco equipamentos. Ao todo, serão 28 aparelhos para identificar a presença ou não de moléculas de álcool, sem a necessidade de contato direto com o motorista.
Entre janeiro e dezembro de 2019, o número de infrações relacionadas à direção alcoolizada nas rodovias estaduais do Ceará foi 64,5% maior que o observado no mesmo período de 2018, de acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE) e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Foram contabilizadas 4.617 infrações, 179 registros por dirigir sob efeito de álcool e 3.438 pela recusa ao teste do bafômetro.
A abordagem com o bafômetro passivo é similar à do equipamento comum. “Nós convidamos o usuário a fazer o teste. A diferença é que ele não precisa de bocal. O agente coloca o sensor a 10 cm do motorista e faz o exame” , explica o chefe de comunicação da PRF, Flávio Maia.
Bafômetro passivo
O aparelho, segundo Flávio, indica a presença ou não de moléculas de álcool e deixa a operação mais rápida. “O resultado sai em poucos segundos. Ao aproximar o sensor do motorista abordado, a máquina reage à presença de álcool e pode brilhar em duas cores: vermelho, mostra presença de álcool e verde indica que o motorista não consumiu a substância”, explica Maia.
O dispositivo serve como triagem para um exame mais detalhado dos níveis de álcool no sangue. “Os condutores que indicarem presença de álcool são encaminhados para o exame de alcoolemia, medido com bafômetro tradicional. Motoristas com nível de álcool no sangue entre 0,05 mg a 0,33 mg são multados e tem o carro retido.” esclarece Maia.
Quando o nível de álcool excede esse limite, é preciso outro tipo de conduta. “Caso o condutor esteja com nível maior 0,34, ele é autuado em flagrante por crime de trânsito e conduzido para uma unidade da Polícia Civil.” alerta Flávio.
Por Cindy Damasceno
Fonte: G1 CE