Nesta sexta-feira (10), o Fórum Judiciário Dr. José Lima Ribeiro, em Missão Velha, torna-se palco do julgamento do brutal assassinato da técnica de enfermagem Maria Tereza Xavier Maia, ocorrido em abril de 2023. Maria Tereza, de 35 anos, foi encontrada sem vida em sua residência, no Centro da cidade, vítima de múltiplas facadas.
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Inicialmente programado para 26 de abril, o julgamento foi adiado devido à ausência do advogado de defesa, alegando impossibilidade de comparecer.
O crime chocou a comunidade local, especialmente pela brutalidade e pelo histórico de violência que Maria Tereza sofria. A vítima frequentemente relatava agressões e ameaças por parte de seu ex-companheiro, Gleidson Alves Antão, 40 anos, que após o crime, tentou tirar a própria vida, mas sobreviveu aos ferimentos.
Maria Tereza, além de viver um relacionamento conturbado, tinha solicitado medidas protetivas contra Gleidson dias antes de sua morte, segundo informações da Polícia Civil. Vizinhos afirmam que o casal estava separado, mas Gleidson não aceitava o término e tentava reatar, o que resultava em frequentes brigas e idas à delegacia.
A tragédia da morte de Maria Tereza ressalta a persistência da violência doméstica contra as mulheres na região. Ela era prima de Maria da Penha Maia Fernandes, conhecida ativista dos direitos das mulheres, cujo caso de violência doméstica resultou na emblemática Lei Maria da Penha. Maria da Penha, líder de movimentos de defesa das mulheres, expressou seu desejo por justiça no julgamento, destacando os três filhos que Maria Tereza deixou para trás.
O caso de Maria Tereza Xavier Maia não é isolado. Ele representa uma triste realidade enfrentada por muitas mulheres, que, mesmo em busca de proteção legal, continuam expostas a situações de risco em relacionamentos abusivos. A comunidade aguarda, portanto, que a justiça seja feita e que o agressor seja devidamente responsabilizado pelo feminicídio de Maria Tereza.