As contas de energia dos consumidores cearenses sofrerão aumento a partir desta sexta-feira (22). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (19), o reajuste tarifário anual de 24,88% da Enel Ceará.
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Esse é o reajuste médio, o que não significa que este será o índice aplicado a todos os consumidores, pois há diferenciação entre as categorias de consumo. No caso dos de baixa tensão, o aumento será de 25,12%.
Na prática, um consumidor que antes pagava uma conta de R$ 100, com o mesmo consumo, terá de arcar com uma tarifa de R$ 125,12.
Já para a categoria de alta tensão, na qual estão incluídas empresas de grande porte, a majoração será de 24,18%
Veja os reajustes médios por classe de consumo
Baixa tensão
Média de consumidores residenciais, rurais e comerciais de pequeno porte e outros: 25,12%
Alta tensão
Consumidor industrial e comercial de grande porte: 24,18%
Efeito médio ao consumidor
Média de todos os consumidores: 24,88%
No ano passado, o reajuste médio aprovado pela Aneel havia sido de 8,95%, O aumento médio para consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes residenciais, foi de 8,54%, e para os clientes de média e alta tensão – indústrias e grandes comércios –, o índice aprovado foi de 10.21%.
Reajustes (considerando revisões) da Enel Ceará nos últimos anos:
• 2013: 3,92%
• 2014: 16,77%
• 2015: 10,28% (extraordinária)
• 2015: 11,69%
• 2016: 12,97%
• 2017: 0,15%
• 2018: 4,96%
• 2019: 8,29%
• 2020: 3,94%
• 2021: 8,95%
• Variação acumulada: 81,85%
O que é o reajuste tarifário anual?
Trata-se de um dos mecanismos de atualização do valor da energia paga pelo consumidor, aplicado anualmente, com base em fórmula prevista no contrato de concessão. O objetivo é restabelecer o poder de compra da concessionária, no caso do Ceará, a Enel. Os reajustes acontecem em datas determinadas pelo Contrato de Concessão.
Fim da tarifa extra
Aplicada nas contas desde dezembro de 2020, as bandeiras tarifárias pesaram ainda mais as faturas dos consumidores. Contudo, o Governo Federal definiu o fim da taxa extra a partir do dia 16 de maio, após melhora na situação dos reservatórios hídricos.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, com a manutenção das atuais condições de chuva, a perspectiva é de a adesão à bandeira verde seguir até o fim do ano.
A bandeira de escassez hídrica, última aplicada, foi criada durante a crise do ano passado, e representava um impacto de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Fonte: Diário do Nordeste