O governador Camilo Santana apresentou resumo do plano de retomada da atividades econômicas no Estado durante transmissão ao vivo em suas redes sociais nesta quinta-feira (28). Apesar da renovação do decreto de isolamento social, o governo estadual iniciará uma fase de transição na segunda-feira (1º de junho), etapa que servirá de teste para o retorno econômico.
Camilo detalhou que dois critérios principais foram utilizados para definir os setores que devem retornar primeiro e quais irão ficar para as últimas etapas. Segundo ele, o risco sanitário e a importância socioeconômica foram os fatores determinantes.
“Do dia 1º ao dia 7, serão liberadas algumas atividades, mas tem critérios a serem seguidos. Há uma tendência de estabilização dos casos, principalmente em Fortaleza, mas quero deixar claro que os próximos 7 dias serão avaliado. A Saúde vai avaliar e determinar se é possível prosseguir com as próximas fases ou não”, ressaltou o governador.
O chefe do Executivo estadual ainda apelou a empresas e população que sigam as orientações governamentais em cada etapa. “O resultado desse plano depende do compromisso das empresas com seus funcionários e do comportamento da população. Teremos horários de funcionamento diferentes, protocolos a serem seguidos, como a medição da temperatura dos empregados, testagem de amostra dos funcionários, muito critério e rigor para que a gente não precise retroceder”, afirmou.
O secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, reforçou o pedido.
“Isso não é uma abertura, é uma fase de transição. É preciso responsabilidade, pois vidas estão em jogo. Para que não haja retrocesso, é preciso obediência a toda regra de isolamento social”, pontou.
Nesta etapa inicial, que irá durar sete dias, 17 segmentos estão autorizados a retomar parcialmente suas operações. Os percentuais de liberação variam de 0,60%, no caso do setor de tecnologia da informação, a 100% para a cadeia da saúde.
Quase 67 mil empregos poderão retomar suas atividades em todo o Estado, cerca de 11,5% do total. Na Capital, serão 44,8 mil trabalhadores, representando 67% do efetivo de Fortaleza, enquanto no Interior esse número é de 22,1 mil ou 33%.
Camilo ressaltou que, no comércio, apenas o setor ligado a saúde e material de construção poderão reabrir.
Confira a lista de atividades e os percentuais de liberação desta fase de transição:
Indústria química e correlatos (30%)
Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
Artigos de couros e calçados (17,9%)
Fabricação de calçados e produtos de couro
Indústria metamecânica e afins (28,7%)
Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda
Saneamento e reciclagem (30%)
Recuperação de materiais
Energia (20%)
Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores
Cadeia da construção civil (31%)
Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30%
Têxteis e roupas (12,4%)
Indústria têxtil, confecções e de redes
Comunicação, publicidade e editoração (10,2%)
Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico
Indústria e serviços de apoio (0,8%)
Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias
Artigos do lar (16,9%)
Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos
Agropecuária (12,4%)
Obras de irrigação
Móveis e madeira (7,9%)
Fabricação de móveis e produtos de madeira
Tecnologia da informação (0,6%)
Fabricação de equipamentos de informática
Logística e transporte (10,8%)
Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas
Automotiva (1,9%)
Indústria de veículos, de transporte e peças
Cadeia da saúde (100%)
Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional
Esporte, cultura e lazer (8,1%)
Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense
Fonte: Diário do Nordeste