Neste vasto e tumultuado palco chamado Terra, onde cada indivíduo é apenas uma pequena peça de um quebra-cabeça gigantesco, é fácil se perder na multidão. Somos apenas uma gota d’água em um oceano infinito, pensamos. Contudo, a verdade é que cada um de nós, por menor que seja, tem um papel único e insubstituível no grande espetáculo da vida.

Certa vez, olhei para o céu noturno e me dei conta da imensidão do universo. Pensei em como somos apenas uma fração ínfima de um todo grandioso, mas então percebi que cada estrela brilhante contribui para a beleza do firmamento. Assim, cada pessoa, por mais pequena que pareça em comparação com a população mundial, tem sua própria luz para compartilhar.

Não importa se você é um músico talentoso, um cientista dedicado, um pai amoroso ou um vizinho prestativo. Cada ação, por mais simples que seja, reverbera no tecido da existência. Ao cumprimentar o porteiro com um sorriso, ao plantar uma árvore no quintal, ao ajudar um amigo em apuros, estamos moldando o mundo à nossa volta. Cada escolha, por menor que seja, tem o poder de ecoar através do tempo.

Lembro-me de uma história que ouvi certa vez sobre uma borboleta que bate as asas do outro lado do mundo e, com esse pequeno movimento, desencadeia uma série de eventos que levam a mudanças significativas. Assim também somos nós, influenciando o curso da história com nossas ações cotidianas.

Em um planeta habitado por mais de oito bilhões de almas, é fácil se perder na multidão e questionar a própria importância. No entanto, é exatamente por sermos uma das 8,07 bilhões que nossa singularidade se destaca. Cada um de nós é uma peça única e essencial para o quebra-cabeça da humanidade.

Então, da próxima vez que se sentir pequeno diante da vastidão do mundo, lembre-se: você faz a diferença. Suas escolhas, suas ações e suas palavras têm um impacto que vai muito além do que os olhos podem ver. Seja uma luz, seja uma força positiva, porque em um planeta repleto de bilhões de histórias, a sua também é importante. Sou uma das 8,07 bilhões de pessoas que habitam este planeta, e eu faço a diferença.

Por Mirta Lourenço. Médica, professora, cronista e poetisa

*Este texto é de inteira responsabilidade da autora, e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri