Os últimos dias têm sido cruéis com quem ainda guarda aquele ar de patriotismo contrabandeado do Paraguai. Aquela cruzada de amor fajuto à família e devoção patife a um deus inventado, fabricado para engabelar otário, estão se mostrando esvaziadas até mesmo para o maucaratismo profissional. Os dentes da hiena estão caindo, um a um.
Enquanto o chefe da teocracia miliciana parece uma ilha cercada de inquéritos, investigações e processos, o circo cria raízes e não tem mais como ser desarmado, os palhaços estão sendo desmascarados em frente ao estimado público. Bolsonaro tem mãos e pés enfiados no vaso sanitário em que se transformou a realidade brasileira atual. A obra é dele.
O ministro do Supremo Tribunal, indicado por Bolsonaro e alardeado como terrivelmente evangélico, André Mendonça, é desmontado mais uma vez ao tentar defender a horda fascista. Durante o julgamento do indulto cretino dado por Bolsonaro a Daniel Silveira, o operador de lavagem bolsonarista, levou uma invertida estupenda de Alexandre de Moraes. O fato se deu por pequenez jurídica do menino de recado do ex-capitão. Uma vergonha.
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel da ativa Mauro Cesar Barbosa Cid e o ex-militar do Exército Ailton Barros, “um segundo irmão”, nas palavras do próprio chefe, preso na última quarta-feira (3), durante a Operação Venire da Polícia Federal, não só emporcalham as Forças Armadas, eles exibem motivos para se reconhecer a fedentina das elites brasileiras que defendem Bolsonaro.
“Eu, meu povo e a minha família sempre louvamos a Deus. É por isso que não podemos deixar de apoiar Jair Messias Bolsonaro”. Essas são as palavras do prefeito da pacata cidade de Guaramirim, em Santa Catarina, Luís Antônio Chiodini (PP), o décimo sexto a ir para a cadeia por corrupção, naquele estado. Todos bolsonaristas até a quinta geração. Todos terrivelmente evangélicos. Todos a favor da família.
A Câmara dos Deputados, aprovou o Projeto de Lei 1085/23, que institui obrigatoriedade de igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. O placar foi uma lavada: 325 votos e favor, 36 contrários e 3 abstenções. Todos os 36 votos contrários ao PL são da ralé bolsonarista, inclusive mulheres. Veja a lista abaixo:
• Adriana Ventura (Novo-SP)
• Alberto Fraga (PL-DF)
• André Fernandes (PL-CE)
• Any Ortiz (Cidadania-RS)
• Bia Kicis (PL-DF)
• Bibo Nunes (PL-RS)
• Capitão Alden (PL-BA)
• Carla Zambelli (PL-SP)
• Carlos Jordy (PL-RJ)
• Caroline de Toni (PL-SC)
• Cb Gilberto Silva (PL-PB)
• Chris Tonietto (PL-RJ)
• Dani Cunha (União-RJ)
• Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
• Dr. Jaziel (PL-CE)
• Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
• Evair de Melo (PP-ES)
• Filipe Martins (PL-TO)
• General Girão (PL-RN)
• Gilson Marques (Novo-SC)
• Julia Zanatta (PL-SC)
• Junio Amaral (PL-MG)
• Kim Kataguiri (União-SP)
• Luiz Lima (PL-RJ)
• Luiz P.O Bragança (PL-SP)
• Marcel van Hattem (Novo-RS)
• Marcio Alvino (PL-SP)
• Mauricio Marcon (Podemos-RS)
• Mauricio do Vôlei (PL-MG)
• Ricardo Salles (PL-SP)
• Rodolfo Nogueira (PL-MS)
• Rosângela Moro (União-SP)
• Sargento Fahur (PSD-PR)
• Sgt. Gonçalves (PL-RN)
• Silvia Waiãpi (PL-AP)
Por Marcos Leonel – Escritor e cidadão do mundo
*Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cariri