As chuvas que banham o Ceará durante a quadra chuvosa continuam aumentando os níveis dos reservatórios, trazendo alívio para a população e reavivando memórias de tempos em que estavam completamente cheios.
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Um exemplo disso é o açude Tatajuba, localizado no município de Icó, na região Centro-Sul do estado. Após 13 anos sem atingir sua capacidade máxima, o reservatório voltou a sangrar na última sexta-feira (21 de março), segundo monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
A última vez que o Tatajuba havia transbordado foi em 28 de março de 2012. Desde então, o açude passou por períodos críticos, chegando a apenas 13% de sua capacidade em janeiro de 2021. Nos últimos anos, o volume subiu consideravelmente, superando 90% em 2023 e 2024, mas sem atingir a sangria — até agora.
Ao atingir seu volume máximo de 2,73 milhões de metros cúbicos, o Tatajuba se tornou o primeiro reservatório da bacia do Salgado a sangrar neste ano.
Comemoração da população
A notícia da sangria foi recebida com entusiasmo pelos moradores da região. Nas redes sociais, muitos celebraram o retorno do açude à sua capacidade total.
“Nosso açude é benção!”, escreveu uma usuária.
“Glória a Deus”, postaram outras pessoas, demonstrando gratidão pela recuperação do reservatório.
Além da importância para o abastecimento humano da comunidade Sítio Tatajuba, a sangria de um açude tem papel fundamental na segurança da estrutura, pois permite o escoamento controlado do excesso de água, evitando riscos.

Outros reservatórios em alta
O Tatajuba não foi o único reservatório a alcançar a sangria recentemente. Outros três açudes também voltaram a transbordar após um período de cinco anos:
Arneiroz II (bacia do Alto Jaguaribe)
Trici (bacia do Alto Jaguaribe)
Colina (Sertões de Crateús)
De acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, atualmente há 40 açudes sangrando simultaneamente no estado. Além disso, 17 reservatórios estão com capacidade superior a 90%, reforçando o impacto positivo das chuvas deste ano.
No total, os 157 açudes monitorados no Ceará acumulam atualmente 50,52% de sua capacidade máxima, um avanço significativo na disponibilidade hídrica do estado.
Por Fernando Átila