O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (13), a ampliação da gratuidade de medicamentos e insumos distribuídos pelo programa Farmácia Popular. Com a medida, todos os 41 produtos ofertados pelo programa passam a ser distribuídos sem custos para a população.
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Anteriormente, 39 produtos já eram fornecidos gratuitamente. Agora, dois novos itens foram incluídos na gratuidade:
• Dapagliflozina: medicamento utilizado no tratamento de diabetes em pacientes com doenças cardiovasculares;
• Fraldas geriátricas: serão fornecidas gratuitamente para pessoas com 60 anos ou mais que se enquadrem nos critérios do programa.
Antes da ampliação, os usuários precisavam pagar uma coparticipação para obter esses insumos. Com a nova medida, mais de 1 milhão de pessoas serão beneficiadas anualmente.
Expansão
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da iniciativa e o aumento do número de beneficiados. “Estamos beneficiando imediatamente mais de 1 milhão de pessoas por ano, que ainda pagavam coparticipação em fraldas geriátricas e na Dapagliflozina. Em dois anos, ampliamos em quase 20% as pessoas atendidas e oferecemos novos itens, como absorventes e anticoncepcionais”, declarou a ministra em sua rede social X.
Além da ampliação dos itens gratuitos, o governo também abriu uma nova fase de credenciamento do programa em 758 cidades que ainda não contavam com farmácias populares.
Números do programa
Em 2024, o Farmácia Popular atendeu 24,7 milhões de pessoas, um crescimento de 20% em relação a 2022, quando 20,7 milhões de brasileiros foram beneficiados.
Criado em 2004, o programa tem como objetivo garantir o acesso da população a medicamentos essenciais para a continuidade do tratamento de diversas doenças. Atualmente, oferece produtos para condições como diabetes, asma, hipertensão, osteoporose, colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, além de anticoncepcionais, absorventes, fraldas geriátricas e medicamentos para incontinência.
Atualmente, o Farmácia Popular conta com mais de 31 mil farmácias credenciadas em 4.812 municípios, abrangendo 86% das cidades do país.
Prevenção contra a dengue
Durante o encontro, a ministra Nísia Trindade também enfatizou a importância do envolvimento dos municípios no combate à dengue. Segundo ela, a gestão municipal é um dos pilares fundamentais para reduzir os casos da doença, que registrou 6,5 milhões de ocorrências no ano passado.
“Muito pode ser feito, principalmente no âmbito dos municípios, com a limpeza urbana e a eliminação de focos de água parada. Isso porque 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nas nossas casas e nos arredores”, explicou a ministra.
Ela destacou que, apesar da redução de 60% dos casos em relação a 2024, o país ainda enfrenta desafios devido às mudanças climáticas e à circulação de diferentes sorotipos da dengue. O Ministério da Saúde tem monitorado o sorotipo 3, que apresenta maior potencial de agravamento da doença.
A ministra também ressaltou que a vacina contra a dengue ainda não está disponível em larga escala para toda a população. No momento, a imunização está sendo direcionada para crianças e adolescentes em mais de dois mil municípios. “Precisamos recomendar fortemente que pais e responsáveis levem seus filhos para receber a segunda dose da vacina”, alertou.
O governo federal segue implementando novas tecnologias para combater o mosquito transmissor, incluindo a dispersão de larvicidas, fortalecimento das equipes de endemias e o uso da bactéria Wolbachia para reduzir a transmissão do vírus da dengue.
Por Fernando Átila