No dia 5 de outubro, foi publicado na Neurology, um estudo realizado por docentes no Centro de Ciência e Saúde da Universidade do Texas em San Antonio (UT Health San Antonio) com apoio de pesquisadores do Framinghmam Heart Study. A pesquisa indica que ter ômega-3 nos glóbulos vermelhos indica uma melhor estrutura cerebral e aponta melhora cognitiva. O que nos levanta a dúvida de quais os benefícios do ômega-3 para saúde?
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O estudo aponta benefícios do ômega-3
O estudo foi realizado em cima de um público com idade entre 40 e 50 anos. Sendo assim, a equipe realizou uma checagem da relação das concentrações de ácidos graxos ômega-3 (encontrado em peixes de água fria) nos glóbulos vermelhos com ressonância magnética e marcadores cognitivos relacionados ao envelhecimento do cérebro.
Além disso, a equipe também desenvolveu um trabalho de pesquisa sobre o efeito das concentrações de glóbulos vermelhos ômega-3 em pessoas portadoras de APOE4. Ou seja, uma modificação genética associada ao risco de Alzheimer.
Resultados
A técnica utilizada na pesquisa é conhecida como cromatografia gasosa. E ela é utilizada para medir as concentrações de ácido docosahexaenóico (DHA) e o ácido eicosapentaenóico (EPA) encontrados nos glóbulos vermelhos. Com isso, o índice ômega-3 pode ser calculado.
“Os ácidos graxos ômega-3, como EPA e DHA, são micronutrientes essenciais que melhoram e protegem o cérebro. Nosso estudo é um dos primeiros a observar esse efeito em uma população mais jovem. Mais estudos nessa faixa etária são necessários” disse a Dra. Debora Melo Van Lent, coautora do estudo.
Com 2.183 casos, os pesquisados separaram os pacientes que possuíam poucos glóbulos vermelhos ômega-3, daqueles que possuíam mais. Portanto, pode-se identificar que aquelas pessoas com menor concentração também eram aquelas que relatavam não ter o hábito de consumir ômega-3.
Outra descoberta, foi que a maior concentração de ômega-3 tem ligação com maiores volumes de hipocampais. Assim sendo, significa dizer que o hipocampo, importante estrutura do cérebro, tem papel fundamental na capacidade de aprendizagem e memória.
Para finalizar, a pesquisa também indica que os portadores de APOE4 que demonstraram maior concentração de ácido graxo possuem menor tendência de doenças de pequenos vasos. Portanto, sabemos que o Alzheimer é genético e isso não vai mudar, porém, descobrir um fator de risco passível de modificação para superar uma predisposição genética, é uma evolução significativa.
Fonte: Seleções