Mesmo com a flexibilização do uso de máscaras e o aumento do convívio social entre as pessoas, o combate à Covid-19 segue em todo o Ceará, por meio da vacinação. Para 55.810 habitantes do Estado, a quarta dose (D4) dos imunizantes já é uma realidade. Desde o último dia 5 de maio, idosos a partir de 70 anos podem tomar a D4 no Ceará, além de pessoas com 60 anos ou mais que vivem em lares de longa permanência.
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Até as 17 horas do último domingo, 8, 55.810 aplicações de D4 já foram realizadas, de acordo com os dados do Vacinômetro, disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). Até o momento, apenas 9,64% do público apto a receber a D4 foi vacinado. Apesar do baixo percentual, o número é visto como aceitável, conforme a pasta.
“A data em que o idoso toma o segundo reforço, a quarta dose, depende da data em que ele recebeu a primeira dose de reforço (D3), é preciso, no mínimo, quatro meses. Visto isso, não consideramos que todos os idosos, de mesma faixa etária, foram vacinados dentro do mesmo período”, explica Kelvia Borges, coordenadora da Célula de Imunização da Sesa.
A coordenadora lembra que as primeiras doses dos imunizantes (D1), recebidas ainda no início do processo de vacinação do Estado, chegaram aos poucos, o que fez com que pessoas da mesma idade tenham períodos distintos para a D4.
“As vacinas foram chegando aos poucos. Também existem situações naturais, como no caso de doenças, ou idosos que perderam a data dos seus primeiros agendamentos. Essas situações acabam atrasando o processo”, relata.
Somado aos atrasos relatados pela coordenadora da Sesa, Kelvia também reconhece que a busca pelos imunizantes também diminuiu. “Sabemos que a ânsia da população em buscar os postos de saúde para tomar a vacina caiu bastante. As equipes de saúde devem continuar os esforços para que essas pessoas voltem para receber o reforço.”
Até o último domingo, 8, quase 20 milhões de doses já foram aplicadas no Ceará. Mais de 8 milhões de D1 foram aplicadas no Estado, que ainda tem 7,3 milhões de aplicações de D2, 4,2 milhões de D3 e 55.810 mil de D4.
Questionada sobre a grande diferença entre as doses aplicadas de D1 e as doses aplicadas de D3, Kelvia explica que não é possível comparar os dois números, pois não englobam o mesmo público-alvo.
“Não é uma preocupação. Esse quantitativo inicial envolve toda a faixa etária. Por outro lado, adolescentes e crianças não estão indicados para dose de reforço (D3). Vale lembrar que a terceira dose ainda não é indicada para esse público. Mas também sabemos que existe o fato de algumas pessoas não voltarem.”
Por meio da coordenadora, a Sesa informou que o Estado está com milhares de doses em estoque e envia os imunizantes para os municípios conforme a necessidade de cada um.
“Quase todos os municípios iniciaram, dos que não iniciaram, não é por falta de doses, mas sim pela falta de idosos aptos ou porque não responderam ao nosso monitoramento diário”, relata. A coordenadora destaca que muitas prefeituras aproveitaram a campanha contra Influenza para vacinar os idosos que também estavam aptos para a segunda dose de reforço (D4).
A disponibilização da D$ para o restante da população, assim como aconteceu com as doses anteriores, dependerá das análises realizadas pelo Ministério da Saúde. “O Ministério realiza tudo com base em pesquisas. O programa nos passa que há uma queda de proteção para o público apto em cerca de quatro meses. Eles só recomendam, ainda, para essa parcela da população”, completa Kelvia.
Por Gabriel Borges
Fonte: O Povo