Uma mulher de 36 anos foi presa, nesta segunda-feira (27), acusada de tentativa de assassinato do marido e da enteada após descobrir que os dois mantinham um relacionamento amoroso, em Canindé, no Interior de Ceará. A suspeita teria sido avisada sobre o caso incestuoso pelo companheiro da jovem, que também é acusado de participação no crime.
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Conforme a Polícia Civil, Jaelson Oliveira, de 39 anos, se relacionava com sua própria filha, de 20 anos, e o companheiro dela. Ao saber da situação, Maria Aparecida Barroso orquestrou o assassinato do marido.
O caso é investigado pelo Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP) da Delegacia Regional de Canindé, unidade da Polícia Civil do Estado (PC-CE). Durante depoimento, a suspeita teria confessado que planejou a morte do marido e da enteada.
O pai e a filha foram baleados na entrada de casa, no último dia 29 de junho. Eles foram socorridos e sobreviveram. A jovem recebeu alta hospitalar, mas o homem segue internado em uma unidade do município.
Investigações
Segundo a Polícia, os autores dos crimes foram identificados após a captura de um homem de 20 anos e um adolescente de 17, que teriam sido contratados para matar pai e filha. As prisões teriam ocorrido algumas horas após a tentativa de homicídio, no dia 29 de junho.
Conforme as investigações, a dupla teria sido contratada pelo companheiro da filha, um homem de 26 anos, com antecedentes por crimes de trânsito, e pela mulher de 36 anos.
Conforme o delegado Daniel Aragão, a suspeita relatou que tentou a separação quando soube do caso, mas recebia ameaças. Ela chegou a pensar em tentar contra a própria vida.
Ela se uniu, então, ao namorado da jovem, que não concordava com a situação, para planejar o crime. Ela teria dado R$ 3 mil para que ele contratasse os executores.
Os dois foram encaminhados à Delegacia Regional de Canindé, onde o mandado de prisão por tentativa de homicídio foi cumprido. As investigações seguem no sentido de elucidar o caso.
Incesto
Apesar de ser um tabu moral e religioso, o incesto (sexo entre familiares) não é considerado ilegal pela legislação brasileira desde que a relação seja consentida pelos adultos envolvidos.
Contudo, a prática configura-se crime quando ocorre o estupro de vulnerável, ou seja, a violência sexual contra crianças, adolescentes ou quando a vítima não consegue oferecer resistência ao ato por qualquer motivo.
Pelo Código Civil, porém, são proibidas as uniões civis entre parentes próximos por sangue ou afinidade.
Fonte: Diário do Nordeste