A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) publicou nesta segunda-feira (27) a versão definitiva do edital do 5G. Empresas interessadas terão até o dia 27 de outubro para entregar suas ofertas.
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O processo envolverá a licitação das radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz que permitirão que o Brasil tenha 5G disponível para a população.
A primeira sessão de abertura, análise e julgamento de propostas de preço está marcada para 4 de novembro, segundo a Anatel. Mas quando o sinal da quinta geração de internet móvel vai realmente chegar aos nossos celulares?
O edital do leilão prevê que quem comprar as faixas de radiofrequência para transmitir o sinal do 5G terá que, em vez de pagar ao governo, se comprometer a entregar a nova geração de internet nos seguintes prazos:
• em todas as capitais brasileiras até 31 de julho de 2022;
• em cidades com mais de 500 mil habitantes até 31 de julho de 2025;
• em cidades com mais de 200 mil habitantes até 31 de julho de 2026;
• em cidades com mais de 100 mil habitantes até 31 de julho de 2027;
• em cidades com mais de 30 mil habitantes até 31 de julho de 2028.
Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o governo espera que algumas capitais, como São Paulo, já tenham sinal de 5G até o final deste ano. Regiões de cidades que já não têm mais dependência de sinal de antena parabólica (que poderia causar interferência no 5G) já poderão implementar a nova tecnologia imediatamente após o leilão.
Prévia do 5G já existe
Algumas regiões do país já têm acesso a uma “prévia” do 5G. Trata-se do padrão 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, em inglês), que pega emprestado parte da estrutura do 4G para transmitir um sinal de internet ligeiramente mais rápido.
Para ter uma noção de como a conexão 5G DSS se sai, em nossos testes no ano passado, conseguimos atingir uma velocidade média de download de 128 Mbps (Megabits por segundo). No mesmo teste, a velocidade média do 4G ficou na casa dos 26,5 Mbps.
Mas o 5G de verdade não é só mais rápido que o 4G. A nova geração promete baixa latência —isto é, tempo menor de reação entre um pacote de dados enviado para a rede e sua volta ao aparelho — que é mais um indicador de qualidade de conexão do que de velocidade. E a versão DSS ainda não oferece isso.
O 5G DSS já está disponível em alguns bairros de:
• São Paulo (SP) e municípios da região metropolitana, pela Tim, Claro e Vivo;
• Brasília (DF), pela Tim, Claro, Vivo e Oi;
• Belo Horizonte (MG), pela Tim e Vivo;
• Rio de Janeiro (RJ), pela Tim, Claro e Vivo;
• Curitiba (PR), pela Tim e Vivo;
• Goiânia (GO), pela Claro e Vivo;
• Porto Alegre (RS), pela Claro e Vivo;
• Salvador (BA), pela Vivo.
4,5G é 5G?
É bem provável que você tenha esbarrado com propagandas de operadoras bradando sobre redes 4,5G ou 4G+. Mas não espere uma prévia do 5G, já que estes nomes são fruto de puro marketing.
Tanto o 4,5G quanto o 4G+ se referem ao padrão LTE Advanced (que também é o do 4G) e/ou LTE Advanced Pro. O primeiro foi formalizado em 2011 pela 3GPP (3rd Generation Partnership Project), um grupo internacional que determina padrões de telecomunicações. O segundo em 2015 pela mesma organização.
A grande diferença entre o 4G e 4,5G está na velocidade e estabilidade de rede. Enquanto o 4G funciona usando somente uma faixa de frequência, de 2.500 MHz, o 4,5G pode usar diversas faixas para transmitir dados ao mesmo tempo.
Quais celulares já têm 5G?
Para se conectar ao vindouro 5G, você vai precisar de um celular compatível com a nova tecnologia. Desde 2020, o mercado brasileiro vem recebendo aparelhos que já conseguem se conectar tanto ao 5G DSS quanto ao 5G “puro sangue” que será liberado após o leilão de novembro.
Fonte: Tilt/UOL