A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará – Ematerce – executa, em 13, de suas 18 regiões administrativas do Estado, as ações do Projeto D. Hélder Câmara, que têm por objetivo reduzir as desigualdades socioeconômicas, entre os agricultores familiares, moderando os efeitos causados pelas adversidades climáticas, promovendo a integração das politicas públicas, ofertadas pelos governos Federal, Estaduais e Municipais.
Atualmente, a Ematerce assiste, em 13 regiões, a 5.641 famílias rurais, de baixa renda, utilizando recursos financeiros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – ANATER – e do Governo do Estado do Ceará/ Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA – no montante de R$ 13,7 milhões, para serem aplicados em projetos de fomentos e assistência técnica aos beneficiados.
Exemplos exitosos de trabalhos, realizados pela Ematerce, junto às 62 famílias de agricultores familiares assistidas pelo Projeto D. Hélder Câmara – PDHC – no município, podem ser destacados os de três produtores rurais, residentes no município do Crato-CE. Na região do Cariri cearense, os escritórios da Ematerce atendem a 798 famílias, beneficiárias do PDHC.
A família do agricultor José Gomes da Silva, 45 anos, mais conhecido por Duda, morador do sítio Santo Antônio, começou a notar sua rotina de trabalho modificada, com a chegada dos benefícios do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC), em sua propriedade, com a finalidade de reduzir e erradicar a pobreza absoluta no meio rural.
Com a assistência técnica e extensão rural da Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará), escritório local do Crato-CE, Duda vem aperfeiçoando os processos produtivos da Avicultura. Os resultados já despertaram, na família, o interesse em crescer, no negócio, no Sítio Santo Antônio, Distrito de Santa Fé. O trabalho é acompanhado pelo gerente local da Ematerce, Antônio Porto, e pelo engenheiro Abelardo Arraes.
Com os 200 animais, comercializados para um supermercado da região, Duda obtém uma renda líquida, aproximadamente, de R$967,00. Com o investimento de R$2.400,00, a fundo perdido, financiado pelo Projeto Dom Hélder, o criador planeja dobrar o tamanho do galpão, hoje, com 5m x 8m, visando duplicar a produção de frangos. “O Projeto foi muito importante pra mim e minha família. Instalei o galpão, comprei medicamentos, ração e animais. Com algumas adaptações, a perda de pintos foi quase zero”, comemora Duda, que já prepara a comercialização do terceiro lote de frangos. Hoje, Duda chega a vender o quilo do frango, abatido, por R$ 6,50.
Duda planeja adquirir, brevemente, uma forrageira, para facilitar o preparo da alimentação dos frangos. Acrescente-se ter sido instalado um aquecedor artesanal, para diminuir a mortandade dos pintos.
Suinocultura
Outro exemplo de Projeto D. Hélder Câmara é o da família do agricultor familiar, José Marcos Correia dos Santos, 36 anos, residente no Sítio Faustino, Distrito Dom Quintino, município do Crato-CE, região do Cariri. Foi contemplado com o projeto de fomento e investiu, em Suinocultura, com apoio financeiro do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC) e Assistência Técnica da Ematerce. Recebeu o crédito máximo, para fomento do PDHC, que é de R$2.400,00, a fundo perdido, para ser usado na compra de ração, instalação do chiqueiro e dois animais da raça piau.
O agricultor, recentemente, vendeu quatro animais, com média de peso de abate de 70 quilos, do primeiro lote, por R$10,00 o quilo e, com os técnicos da Ematerce, que orientam o projeto, organiza-se para obter maior poder de comercialização, com a melhoria do plantel de animais e alimentação balanceada com milho. Foram comercializados, também, 8 leitões (porcos mais novos), obtendo um valor melhor, no mercado, chegando a ser vendido por R$150,00 cada animal, com um lucro total de R$4.000,00 .
O outro exemplo exitoso, na atividade de Suinocultura e proporcionado pelos benefícios do Projeto D. Hélder Câmara, vem também do distrito de D. Quintino, no município do Crato-CE, no sítio Cachoeira dos Gonçalves, de propriedade da família da agricultora familiar Poliana Gonçalves da Silva.
Com o valor máximo de R$ 2.400,00, financiado a fundo perdido, pelo Projeto D. Hélder Câmara, a família de D. Poliana, adquiriu 8 porcos adultos, por R$ 1.200,00, medicamentos e ração. Quando um lote de 7 animais chegou a um peso médio de 50 quilos, foi vendido ao preço de R$ 14,00 o quilo abatido. A venda dos 7 porcos rendeu um total de R$4.200,00
D. Poliana disse que negocia os porcos, nas redondezas da comunidade, vendendo o animal, abatido e tratado, e o animal vivo. Cobra o quilo da carne, tratada, a R$12,00, mas vai aumentar para R$14,00; e o animal vivo o quilo a R$7,00. A agricultora familiar relatou que fará um empréstimo, pelo Agroamigo, do BNB, para ampliar a pocilga e comprar uma forrageira. No momento, o plantel é de 11 porcos, sendo 6 adultos e 5 leitões.