O chefe do Instagram, Adam Mosseri, publicou um vídeo nesta semana para esclarecer uma das suspeitas mais recorrentes entre os usuários da plataforma: a de que o aplicativo usaria o microfone dos celulares para escutar conversas e, assim, exibir anúncios personalizados.
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No vídeo, Mosseri negou categoricamente a prática e afirmou que a precisão dos anúncios exibidos está relacionada ao comportamento dos usuários tanto dentro do aplicativo quanto na internet. Ele lembrou ainda que a Meta, empresa controladora do Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp, tem na publicidade sua principal fonte de receita.
“Nós não usamos o microfone do telefone para espionar você. Primeiramente, se fizéssemos isso, seria uma grave violação de privacidade. Você notaria o consumo excessivo da bateria do seu telefone, além de ver uma pequena luz no topo da tela indicando que o microfone está ativo”, declarou Mosseri.
🎯 Por que os anúncios parecem tão certeiros?
Para responder à dúvida de milhões de usuários, Mosseri listou quatro fatores que, segundo ele, explicam as coincidências que fazem parecer que o Instagram “ouve” as conversas:
1️⃣ Pesquisas e cliques anteriores: o usuário pode ter buscado informações ou interagido com algo relacionado ao produto antes de falar sobre ele.
2️⃣ Comportamento de amigos e perfis semelhantes: o sistema identifica interesses de pessoas do círculo social do usuário ou de perfis com hábitos parecidos, exibindo anúncios semelhantes.
3️⃣ Exposição inconsciente: o usuário pode ter visto o anúncio antes da conversa, sem perceber.
“Rolamos os feeds rapidamente e, às vezes, internalizamos parte disso. Isso pode influenciar o que falamos mais tarde”, explicou Mosseri.
4️⃣ Coincidência: o acaso também pode explicar certas situações, disse o executivo, admitindo que é difícil convencer quem já acredita na teoria da espionagem.
🧩 Parceria com anunciantes
Mosseri também esclareceu que a Meta trabalha com anunciantes que compartilham dados sobre o comportamento de navegação dos consumidores.
“Trabalhamos com anunciantes que compartilham informações conosco sobre quem esteve em seus sites. Se você visitou um site e olhou um produto, esse anunciante pode nos pagar para alcançá-lo com um anúncio”, afirmou.
📱 Teoria antiga, negação constante
A suspeita de que a Meta utiliza microfones dos usuários para ouvir conversas e personalizar anúncios existe desde 2016, mas tanto a empresa quanto seu CEO e cofundador, Mark Zuckerberg, negam a prática.
Em uma página oficial de suporte do Facebook, a empresa reforça que o microfone só é ativado quando o usuário utiliza recursos que exigem áudio, como gravar stories ou iniciar uma conversa de voz com a Meta AI.
🌍 Instagram em expansão
O debate ressurge em meio à expansão histórica do Instagram, que atingiu três bilhões de usuários mensais em setembro, consolidando-se como um dos aplicativos mais populares do planeta.
Com o crescimento, a Meta tem reforçado duas frentes estratégicas: os vídeos curtos do Reels e as mensagens privadas (DMs). Para fortalecer essas áreas, o Instagram deve alterar sua barra de navegação, priorizando o Reels e as DMs como as primeiras telas exibidas aos usuários.
Por Fernando Átila










