O Brasil completa, neste domingo (6), três anos da implantação oficial da tecnologia 5G, com mais de 1.025 municípios atendidos e cerca de 47,2 milhões de usuários beneficiados, segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as operadoras de telecomunicações. O serviço, que começou por Brasília em 6 de julho de 2022, está hoje disponível em mais de 70% da população brasileira.
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A expansão vem superando as metas previstas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no edital que regulamentou o leilão do 5G em 2021. Segundo a Conexis, as operadoras já anteciparam 100% das metas previstas para julho de 2025 e avançaram 60% nos compromissos estipulados para 2026.
📡 São Paulo lidera; Acre tem menor cobertura
O estado de São Paulo concentra a maior rede de antenas 5G do país, com mais de 10,2 mil estações em funcionamento em 622 municípios, o equivalente a 25% do total nacional. Já o Acre, na outra ponta, possui apenas 169 antenas instaladas em cinco cidades.
Desde o lançamento, 45.281 antenas já foram instaladas, número que corresponde a 73% da meta estabelecida para 2030, que prevê 62.275 estruturas em todo o território nacional.
⚙️ Avanços e aplicações do 5G
Com maior velocidade de conexão, baixa latência e capacidade de múltiplos acessos simultâneos, o 5G é considerado um divisor de águas para setores como:
• Indústria 4.0
• Telemedicina
• Agricultura de precisão
• Internet das Coisas (IoT)
A expectativa é que a tecnologia contribua para modernizar processos produtivos e ampliar o acesso a serviços digitais de ponta em diversas áreas da economia.
🏛️ Falta de leis locais limita expansão
Apesar dos avanços, a ausência de legislação municipal adequada para regulamentar a instalação de antenas ainda é um dos maiores entraves à expansão da rede, segundo dados da Anatel e do movimento ANTENE-SE.
Até abril deste ano, apenas 450 cidades tinham leis alinhadas à Lei Geral das Antenas (Lei nº 13.116/2015), concentrando 85% das estações em funcionamento (cerca de 41 mil). Já os 849 municípios restantes, sem legislação atualizada, concentram apenas 15% das antenas ativas.
“A ausência de uma lei local específica traz complicações para os municípios, que enfrentam dificuldades na instalação de novas antenas, prejudicando a cobertura e a qualidade do sinal”, alertou a Anatel em nota.
🔍 Desigualdade no acesso
A discrepância entre os municípios com e sem leis apropriadas se reflete no acesso da população à nova tecnologia. Nas cidades com legislação adequada, cada antena atende, em média, 3.189 pessoas. Já nos locais sem leis atualizadas, o número salta para 7.031 habitantes por antena, o que impacta diretamente a qualidade da conexão.
“A ausência de uma lei local específica traz uma série de complicações para os municípios, que enfrentam dificuldades na instalação de novas antenas, prejudicando a cobertura de sinal e a qualidade do serviço. Merece atenção o fato de que existem muitas cidades em que o 5G já está instalado, mas sem uma legislação atualizada, o que impõe dificuldade adicionais para a implementação desta tecnologia, que exige cinco vezes mais antenas que o 4G”, disse a Anatel ao Revista Cariri.
Por Bruno Rakowsky










