O ex-presidente do Guarani de Juazeiro do Norte conquistou o regime de prisão domiciliar e vai trocar uma das celas da cadeia pública pelo uso de tornozeleira eletrônica por motivos de saúde. Francisco Marcelino Santana Filho, o “Doutor Marcelo”, foi preso pela segunda vez no dia 29 de agosto de 2018 quando policiais civis cumpriram Mandado de Prisão Preventiva por crimes contra a fé pública e o mesmo está em regime fechado a quase um ano.
Nesta segunda-feira a juíza de direito, Larissa Braga Costa de Oliveira Lima, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro, concedeu a prisão domiciliar mediante monitoramento eletrônico. Na decisão, lembra que o réu se submeterá às regras de praxe observando que o descumprimento pode levá-lo de volta ao cárcere. Ele responde por crimes de estelionato, falsificação de papeis públicos, grilagem e a venda ilegal de terrenos da CONCASA, associação criminosa e exercício ilegal da profissão.
É que, além de corretor de imóveis, chegou a se passar por advogado, mas representantes de tais categorias negaram que o mesmo tivesse registros para o exercício dessas atividades. Em agosto último sua prisão foi representada pela Delegada Wannini Rizzi junto ao poder judiciário, mas já tinha sido preso no dia 29 de agosto de 2014 quando a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no seu escritório no centro de Juazeiro.
Na época, o mandado era assinado pela juíza da 1ª Vara da Comarca de Barbalha, Alexsandra Lacerda Batista Brito, para investigar a grilagem de terras da CONCASA. “Doutor Marcelo” terminou novamente preso no dia 9 de outubro de 2017 a partir de uma representação da Delegada Cícera de Jesus quando policiais civis apreenderam no seu escritório bastante material para averiguações. Dentre estes um equipamento destinado a envelhecer papéis.
Além disso, várias máquinas de datilografias antigas e pastas com documentos falsos. De acordo com a delegada, Marcelo praticava estelionato, junto com outras pessoas e até mediante crimes de ameaças. Além disso, um trabalho clandestino como corretor de imóveis que causou prejuízo de milhões em alguns municípios do Cariri. Ele nega as acusações e atribui ao que considera perseguição diante de um mercado imobiliário de alta competitividade.
Demontier Tenório
Fonte: Miséria