A partir desta segunda-feira (4), a vacinação contra a poliomielite no Brasil será realizada exclusivamente com a vacina injetável, em substituição à versão oral, popularmente conhecida como “gotinha”. A mudança, iniciada em setembro com o recolhimento gradual da vacina oral, foi implantada pelo Ministério da Saúde com o apoio de especialistas e a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A vacina injetável é mais segura, pois utiliza apenas partículas do vírus”, afirma a coordenadora de Imunização do Ceará, Ana Karine Borges.
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O novo esquema vacinal contra a poliomielite segue a sequência: 1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; 3ª dose aos 6 meses e reforço aos 15 meses. “Antes, tínhamos dois reforços, aos 15 meses e aos 4 anos. Agora, será apenas um reforço aos 15 meses”, explica Ana Karine. Em setembro, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) emitiu uma nota técnica orientando as equipes municipais e regionais sobre o recolhimento da vacina oral e a implementação do novo esquema.
Imunização é essencial para manter a doença erradicada
A coordenadora reforça a importância da vacinação como principal meio de prevenção contra a poliomielite, doença erradicada no Brasil há 34 anos. “A vacina continua sendo crucial para evitar essa doença grave, especialmente entre as crianças”, comenta. Ana Karine destaca que em algumas partes do mundo, a poliomielite ainda representa um risco à saúde pública, e a vacinação contínua é fundamental para manter a segurança.
Embora a vacina oral tenha sido substituída, o personagem Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação, permanecerá nas campanhas de imunização. “Muitos perguntam se ele deixará de aparecer, mas Zé Gotinha continuará presente para lembrar da importância da vacinação em dia”, assegura a coordenadora.
No próximo sábado (9), haverá uma mobilização para incentivar a aplicação do novo reforço injetável em crianças que ainda não receberam a dose final. “Recomendamos que todos os municípios realizem uma busca ativa para localizar e imunizar essas crianças”, ressalta.
Saiba mais
A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença infecciosa causada por um vírus que se espalha pelo contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas. Em casos graves, pode provocar paralisia dos membros inferiores. No Brasil, o último caso de poliomielite foi registrado em 1989, mas a vacinação permanece fundamental para a proteção contínua.
Por Heloísa Mendelshon