Os casos de sarna humana estão dando sinais de retorno nas comunidades do litoral paulista. A doença chamada de escabiose se torna ainda mais preocupante no contexto da pandemia de Covid-19 .Por isso, pesquisadores do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) escreveram um artigo que relaciona a alta do uso de ivermectina e o risco de surtos de sarna humana.
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Ao UOL, Alfredo Dias de Oliveira Filho, pesquisador do instituto, afirmou que evidências revelam que em meados de julho o Brasil teve um aumento de mais de 800% do uso de ivermectina em relação ao ano anterior. “[Se tem] aumento do consumo de um microbiano, então há aumento do risco de surgir resistência”, afirmou ele.
O especialista explicou ainda que para que um microorganismo, no caso a escabiose, se torne resistente à ivermectina ou a qualquer outro tratamento específico, é necessário haver excesso de exposição ao medicamento e algumas condições que favorecem o microrganismo.
Segundo Oliveira, o instituto ainda não fez um estudo populacional sobre o tema, mas afirmou que a literatura envolvendo a ivermectina e casos de resistência tem quase 30 anos. “Nós vimos que isso acontece especialmente em populações mais vulneráveis economicamente e com grandes danos sobre crianças, como distúrbio de sono.”
Fonte: UOL