Para milhares de pessoas que aguardam na fila de transplante, a doação de órgãos é muitas vezes a única chance de sobreviver. Durante o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema, o gesto de doar se reafirma como um ato de solidariedade que transforma despedidas em recomeços.
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Uma decisão que gera vida
Em 2016, a técnica de enfermagem Rafaella Ferreira, que atua no Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte, viveu essa experiência de perto. Após a perda do pai, ela e a família autorizaram a doação de órgãos diretamente na unidade de saúde, que integra a Rede Sesa como centro de referência em captação no interior do Ceará.
➡️ Foram doados os rins, córneas e fígado.
➡️ A decisão teve o apoio do avô de Rafaella, emocionado com a possibilidade de manter vivo o legado do filho ao beneficiar outros pacientes.
“Embora tivesse esperanças que ele voltasse para casa, infelizmente não foi possível. Sempre fui a favor desse gesto tão lindo, no qual, por meio da morte de um ente querido, é possível trazer vida e saúde para as pessoas que estão fragilmente precisando”, relembra Rafaella.
Conversa com a família é fundamental
A enfermeira da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HRC, Bruna Bandeira, reforça que a autorização da família é essencial.
“No Brasil, a legislação determina que a doação seja consentida pelo responsável legal. Por isso, é importante conversar em vida sobre o desejo de doar. Essa manifestação facilita muito a decisão dos familiares em um momento tão delicado”, explica.
Histórias de solidariedade também no Vale do Jaguaribe
No Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), em Limoeiro do Norte, outra história marcou 2025. Após a morte encefálica do irmão, a agricultora Eliete Leitão, 57 anos, reuniu os sobrinhos e, juntos, autorizaram a doação dos órgãos.
➡️ Foram doados rins e fígado, beneficiando três pacientes em diferentes cidades brasileiras.
➡️ O transporte foi realizado por helicóptero da Ciopaer.
“Não foi uma decisão difícil. Pensei o quanto a minha decisão iria salvar outras vidas. Hoje sei que tem um pouco dele vivo em alguém, e isso é muito gratificante”, disse Eliete.
Durante o velório, a frase dos sobrinhos resumiu o impacto da escolha: “Hoje estamos chorando, mas ao mesmo tempo três famílias estão sorrindo.”
Rede Sesa fortalece transplantes no interior
Hospitais da Rede Sesa, como o HRC e o HRVJ, são fundamentais para ampliar a captação de órgãos fora da capital.
🔹 Identificam potenciais doadores
🔹 Acolhem e conscientizam famílias
🔹 Organizam a logística de transporte rápido dos órgãos
“A essencialidade deste serviço é dar continuidade à vida”, conclui a enfermeira Bruna Bandeira.
Por Nicolas Uchoa










