Em meio aos avanços da medicina cardíaca, há um aspecto muitas vezes negligenciado que merece nossa atenção: a influência do estresse na ocorrência de depressão após cirurgias cardíacas. Conduzir uma análise aprofundada dessa relação complexa é fundamental para promover não apenas a recuperação física, mas também a saúde mental dos pacientes.
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Conversamos com o renomado cardiologista Antero Sophia, que compartilhou sua visão sobre o tema. Ele destaca que, embora a cirurgia cardíaca seja muitas vezes bem-sucedida na correção de problemas físicos, o impacto psicológico pode ser significativo e subestimado.
O estresse pré e pós-cirúrgico é uma realidade para muitos pacientes. A ansiedade relacionada à intervenção cirúrgica, a incerteza sobre o futuro e a adaptação a uma nova rotina de cuidados podem desencadear níveis elevados de estresse. Antero Sophia ressalta que, embora o corpo seja tratado com sucesso, a mente muitas vezes é negligenciada.
“A relação entre estresse e depressão após cirurgia cardíaca é mais do que uma simples coincidência. Há uma interconexão complexa entre os sistemas cardiovascular e nervoso, e os fatores psicológicos desempenham um papel crucial na recuperação global do paciente”.
A depressão pós-cirúrgica não deve ser considerada apenas como uma reação emocional temporária. Dr. Antero alerta que, se não tratada adequadamente, a depressão pode agravar os problemas cardíacos, aumentando o risco de complicações e comprometendo a qualidade de vida do paciente.
Para enfrentar esse desafio, o cardiologista enfatiza a importância de uma abordagem multidisciplinar. Colaboração entre cardiologistas, psicólogos e profissionais de saúde mental é essencial para fornecer um suporte holístico aos pacientes. O acompanhamento psicológico regular, juntamente com estratégias de gerenciamento de estresse, pode desempenhar um papel vital na prevenção da depressão pós-cirúrgica.
“A saúde do coração vai além da correção física. Devemos abordar a saúde mental como parte integrante do processo de recuperação. A atenção à saúde emocional dos pacientes é uma responsabilidade compartilhada entre a equipe médica e os próprios pacientes”.
Concluindo, Antero Sophia destaca que a conscientização sobre a relação entre estresse e depressão após cirurgia cardíaca é fundamental para melhorar os resultados a longo prazo. Ao reconhecer e abordar os desafios psicológicos associados à cirurgia cardíaca, podemos proporcionar uma recuperação mais completa e significativa para aqueles que passam por esse processo crucial.
Por Nicolas Uchoa










