Elliot Phebve, um professor universitário inglês de 55 anos, tornou-se o primeiro homem a receber uma vacina contra o câncer de intestino. A aplicação ocorreu nesta sexta-feira, como parte de um ensaio clínico que visa testar a eficácia do tratamento para prevenir a recidiva em pacientes que enfrentaram casos graves da doença.
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Elliot foi diagnosticado em 2023 com um tumor de cólon altamente agressivo. Embora não apresentasse sintomas, a doença foi detectada durante um exame de rotina, resultando na necessidade de uma cirurgia de emergência para remover 30 centímetros do seu intestino grosso. Após sessões de quimioterapia que eliminaram os sinais do câncer, Elliot se voluntariou para o ensaio clínico do novo imunizante.
“Ser a primeira pessoa no mundo a receber esta vacina foi um divisor de águas na minha vida”, declarou Elliot. “Dediquei minha vida a ajudar as pessoas e à ciência, e espero que este trabalho ajude outras pessoas a não passarem pelo que eu passei.”
O NHS (Sistema de Saúde Pública Inglês) prevê que mais de mil pessoas sejam encaminhadas por seus médicos para participar dos testes da vacina. Semelhante à vacina contra o câncer de pele recentemente testada, este imunizante utiliza tecnologia de mRNA, similar às vacinas da Pfizer contra a Covid-19.
Como funciona a vacina contra o câncer de intestino
Cada dose da vacina é personalizada, fabricada com informações genéticas do tumor retirado em uma biópsia do paciente. Assim, ela é destinada exclusivamente a indivíduos que já tiveram a doença, visando prevenir a recidiva.
As células usadas na vacina não são cancerosas, mas se assemelham ao tumor em formato, permitindo ao corpo reconhecer e combater possíveis reaparecimentos da doença.
Desenvolvidas em parceria pelas biofarmacêuticas BioNTech (criadora da tecnologia junto com a Pfizer) e Genentech, membro do Grupo Roche, as vacinas ainda estão em fase experimental e devem ser testadas em 10 mil pacientes até 2030.
“Ainda é muito cedo para afirmar se essas vacinas terão sucesso, mas estamos extremamente esperançosos”, disse a oncologista Victoria Kunene, investigadora principal do estudo. “Os dados preliminares mostram um aumento significativo na capacidade de defesa do organismo.”
As vacinas experimentais contra o câncer têm o objetivo de auxiliar pacientes com diversos tipos de tumores e, se aprovadas, poderão se tornar um cuidado padrão no combate ao câncer.
Por Heloísa Mendelshon (Com informações do Metrópoles)