A fibrose pulmonar é uma doença crônica, progressiva e não infecciosa. A enfermidade causa cicatrizes nos pulmões, impedindo o funcionamento adequado do órgão. George Dantas, pneumologista do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), explica sobre as causas, o diagnóstico e o tratamento da doença que vitimou a cantora Rita de Cássia, na última terça-feira (3). Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), há de 13 a 18 mil casos no País.
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O pulmão é um órgão flexível, com capacidade de se expandir e de se encolher para permitir a respiração. Quando, por algum motivo, o aparelho fica endurecido ou apresenta cicatrizes em seu tecido, as trocas gasosas são comprometidas. Nesse contexto, o paciente é diagnosticado com fibrose pulmonar.
Causas
A doença adquirida ocorre por diversas causas. Na maioria dos casos, surge em pessoas com idade a partir de 50 anos, do sexo biológico masculino, tabagistas ou ex-tabagistas.
A enfermidade pode estar associada a exposições inalatórias a fatores ambientais como mofo e pássaros, a doenças autoimunes, do colágeno ou outras condições genéticas.
“Existem muitas causas e é importante avaliar a etiologia de cada caso para poder fazer o tratamento correto e adequado”, pondera Dantas.
Sintomas
Tosse seca e persistente, seguida da falta de ar aos grandes esforços e com piora progressiva estão entre os principais sintomas da fibrose pulmonar.
“Em geral, são esses os sintomas mais precoces. Na maioria dos casos, a doença tem evolução lenta, por isso, é muito importante uma investigação clínica e a realização de exames mais detalhados para fechar o diagnóstico de forma precoce e, assim, ter condições de estabilizá-la”, orienta o médico.
Tratamento
Ainda não existe cura para a fibrose pulmonar. O tratamento é feito com medicações para inflamação, buscando desacelerar o avanço da doença. Alguns pacientes apresentam redução da oxigenação sanguínea, sendo indicado, além de fármacos, o uso de dispositivos portáteis com suplementação de oxigênio.
“Em outros casos, quando a doença está muito avançada, alguns pacientes são encaminhados e acompanhados pelos serviços de transplante pulmonar. O procedimento possibilita uma melhor qualidade”, explica o pneumologista.
A fisioterapia respiratória também é uma aliada na terapia. No Hospital de Messejana, além dos ambulatórios especializados e do Serviço de Transplante, as pessoas recebem assistência da equipe de Reabilitação Pulmonar.
Por meio de programas de exercícios adequados e adaptados, os pacientes são assistidos por uma equipe multidisciplinar. Os benefícios da prática de atividades são muitos: aumentam a eficiência dos pulmões e a capacidade dos músculos, ampliando habilidades de autoajuda e promovendo uma melhor expectativa de vida.