O Ministério de Saúde investiga 16 casos de hepatite aguda infantil de origem misteriosa no Brasil. De acordo com a pasta, as suspeitas estão em seis estados: sendo dois no Paraná, cinco no Rio de Janeiro, seis em São Paulo, um no Espírito Santo, um em Santa Catarina e um em Pernambuco.
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Os casos seguem em investigação. Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro investiga uma morte de um bebê de oito meses com suspeita de hepatite infantil de causa desconhecida. As secretarias estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro já contabilizam um caso suspeito a mais em cada estado, ainda não confirmados pelo Ministério da Saúde.
O que se sabe sobre a doença
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 250 casos de hepatite de origem desconhecida já foram confirmados em pelo menos 25 países, sendo a maioria no Reino Unido. A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode acontecer por diferentes causas, como uma infecção ou intoxicação por medicamentos ou substâncias. Os agentes infecciosos mais frequentes são os vírus responsáveis pelas hepatites A, B, C, D e E.
Entretanto, os casos relatados se referem a crianças com hepatite aguda grave em que não foram identificadas as hepatites A, B, C, D ou E. Embora a síndrome atinja pacientes de até 16 anos de idade, a maioria dos casos está na faixa de dois a cinco anos. Muitos apresentam icterícia, uma coloração amarelada da pele e dos olhos que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais – incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos -, principalmente em pequenos de até dez anos. A maioria dos casos não apresentou febre.
A principal suspeita até o momento é que o gente causador da doença seja um adenovírus que é transmitido por contato ou pelo ar. Embora seja atualmente uma hipótese como causa subjacente, ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico. A infecção com adenovírus tipo 41, o tipo de adenovírus implicado, não foi previamente associada a tal.