O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (10), uma parceria de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer para a produção nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo bronquiolite.
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Primeiras doses ainda em 2025
Segundo a pasta, a previsão é que 1,8 milhão de doses sejam entregues até o fim deste ano. Em fevereiro, o governo já havia confirmado a incorporação do imunizante ao Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição deve começar na segunda quinzena de novembro, voltada para gestantes e bebês.
• Quem será vacinado: gestantes a partir da 28ª semana de gravidez
• Aplicação: dose única
• Objetivo: transferência de anticorpos para proteger os recém-nascidos nos primeiros meses de vida
🤰👶 Especialistas reforçam segurança da vacinação
De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai, a imunização é segura para as gestantes e fundamental para a proteção dos bebês: “O VSR é uma das maiores causas de hospitalizações em UTI nos primeiros seis meses de vida. As vacinas da gestação não geram má formação, não prejudicam a gravidez e não aumentam o risco de aborto ou parto prematuro”, destacou.
Impacto esperado da vacina
O vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Em média, 1 em cada 50 bebês infectados é hospitalizado no primeiro ano de vida. O Brasil registra cerca de 20 mil internações anuais de bebês menores de um ano. Entre prematuros, o risco de morte é sete vezes maior.
Segundo o ministério, a vacina tem potencial para prevenir 28 mil internações por ano, protegendo cerca de 2 milhões de recém-nascidos.
💊 Produção do natalizumabe no Brasil
Além da vacina contra o VSR, o Brasil também passará a produzir o natalizumabe, medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla. A parceria de desenvolvimento produtivo (PDP) será feita entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sandoz.
“A vulnerabilidade do país na oferta de insumos durante a pandemia de Covid-19 e os recentes episódios de tarifas abusivas às exportações brasileiras reforçam a importância da soberania do SUS para garantir medicamentos e tratamentos”, avaliou o ministério.
Sobre o natalizumabe
Indicado para pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade, que representa 85% dos casos. Já é ofertado no SUS desde 2020, mas atualmente apenas um fabricante possui registro no Brasil.
A doença afeta principalmente adultos jovens, entre 18 e 55 anos, e compromete o sistema nervoso central por meio da desmielinização da bainha de mielina, essencial para a condução dos impulsos elétricos do corpo.
Por Bruno Rakowsky










