A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório com dados atualizados sobre as gripes sazonais para a temporada 2025/2026, com foco especial no segundo semestre de 2025. O período corresponde ao outono e inverno no hemisfério Norte e ao verão no hemisfério Sul, fases historicamente associadas ao aumento da circulação de vírus respiratórios.
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De acordo com o documento, divulgado no último dia 10 de dezembro, houve crescimento dos casos de gripe nos últimos meses, com destaque para a influenza A (H3N2) subclado K, conhecida como “gripe K”. Apesar do avanço dos registros, a OMS esclarece que não se trata de um vírus novo nem substancialmente diferente das cepas já conhecidas, mas alerta para a necessidade de monitoramento contínuo e reforço das medidas de prevenção, sobretudo entre idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas.
No Brasil, a cepa K já foi identificada em amostras analisadas no estado do Pará, conforme relatório divulgado pelo Ministério da Saúde em 12 de dezembro.
🧬 Origem e sintomas
A gripe K é causada por uma sublinhagem do vírus influenza A (H3N2), uma das variantes mais comuns associadas a surtos de gripe, especialmente no segundo semestre do ano. O monitoramento global da influenza é realizado pelo Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe (GISRS), que reúne mais de 160 instituições em 131 países vinculados à OMS.
Segundo a organização, desde agosto de 2025 foi observado um crescimento acelerado da circulação do H3N2 e da sublinhagem K. No entanto, os dados disponíveis não indicam aumento da gravidade da doença em humanos.
“As primeiras evidências apareceram em agosto na Austrália e Nova Zelândia, particularmente, mas nos últimos seis meses foram detectadas em mais de 34 países”, destaca a OMS no relatório.
Os sintomas da gripe K são semelhantes aos de outras gripes sazonais e incluem:
🤒 Febre
😷 Tosse seca
🤧 Dor de garganta
🤕 Dor de cabeça
💪 Dores no corpo e músculos
🤧 Coriza
😴 Fraqueza e mal-estar
🚽 Diarreia, em alguns casos
🌎 Situação nas Américas
O relatório da OMS aponta que a circulação das gripes sazonais tem sido acompanhada de perto na Europa, Ásia e Américas. Na América do Sul, foi observado aumento da circulação do influenza A (H3N2) no Brasil e no Chile a partir de agosto.
No território brasileiro, os estados que apresentaram crescimento ou manutenção das hospitalizações por influenza foram Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí, Ceará e Santa Catarina. Apesar disso, não foram confirmados quadros graves relacionados à gripe K.
Na América do Norte, Estados Unidos e Canadá registraram predominância do H3N2, com crescimento das detecções da sublinhagem K. Já o México confirmou seu primeiro caso da gripe K, com recuperação do paciente sem complicações graves.
💉 Vacinação segue como principal forma de prevenção
Assim como ocorre com outras infecções por influenza, a prevenção da gripe K envolve cuidados básicos, como higiene das mãos, uso de máscara ao apresentar sintomas, alimentação equilibrada e evitar contato com pessoas doentes.
A vacinação continua sendo uma das medidas mais eficazes para reduzir casos graves e internações hospitalares, tanto em crianças quanto em adultos.
“As vacinas continuam sendo essenciais, especialmente para pessoas com alto risco de complicações da gripe e seus cuidadores”, reforça a OMS.
⚠️ Avaliação de risco da OMS
Na avaliação de risco, a organização chama atenção para o impacto da gripe sazonal sobre os sistemas de saúde. Segundo o relatório, mesmo em países de clima temperado, a circulação do vírus pode gerar pressão significativa sobre os serviços de saúde.
Embora a atividade global da gripe ainda esteja dentro dos níveis esperados, a OMS destaca que “aumentos precoces e atividade acima do normal para esta época do ano foram observados em algumas regiões”, o que reforça a importância da vigilância epidemiológica e das estratégias de prevenção.
Por Aline Dantas








