É importante esclarecer que o paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um medicamento amplamente utilizado e seguro quando usado corretamente e dentro das doses recomendadas. No entanto, em alguns casos, o uso inadequado ou excessivo de paracetamol pode causar danos ao fígado e, em casos extremos, pode levar à falência hepática.
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O paracetamol é um analgésico e antipirético muito popular, comumente utilizado para aliviar dores leves a moderadas e reduzir a febre. Ele age inibindo a produção de prostaglandinas no cérebro, que são responsáveis por transmitir a sensação de dor e elevar a temperatura corporal. O medicamento é rapidamente absorvido pelo intestino e metabolizado pelo fígado.
A toxicidade hepática causada pelo paracetamol geralmente está associada ao seu metabolismo. A maior parte do paracetamol é metabolizada pelo fígado em uma substância inativa chamada sulfato de paracetamol ou glucuronídeo de paracetamol, que é eliminada do corpo na urina. No entanto, uma pequena porcentagem do medicamento é metabolizada por uma via chamada CYP2E1, que produz uma substância altamente tóxica chamada N-acetilbenzoquinoneimina (NAPQI).
Em doses normais, o fígado é capaz de neutralizar o NAPQI, combinando-o com glutationa, uma substância natural protetora do fígado. No entanto, quando o paracetamol é tomado em doses excessivas ou por um período prolongado, o fígado pode ficar sobrecarregado e não conseguir eliminar o NAPQI suficientemente rápido. O acúmulo dessa substância tóxica pode causar danos às células hepáticas, levando à necrose (morte celular) e, eventualmente, à falência hepática.
Os sintomas de toxicidade hepática causada por paracetamol podem variar de leves a graves. Nas fases iniciais, podem ocorrer náuseas, vômitos, sudorese excessiva e mal-estar geral. Em casos mais graves, podem surgir sintomas de insuficiência hepática, como icterícia (amarelamento da pele e olhos), dor abdominal intensa, confusão mental e até mesmo coma.
É importante enfatizar que a toxicidade hepática por paracetamol geralmente é resultado de um uso inadequado, como tomar doses muito altas de uma só vez ou combinar vários produtos contendo paracetamol sem conhecimento adequado da quantidade total ingerida. Pessoas com problemas no fígado, como hepatite, cirrose ou alcoolismo, também podem ter maior risco de desenvolver toxicidade hepática com doses menores do medicamento.
Para evitar problemas com o paracetamol, é essencial seguir as orientações do profissional de saúde e respeitar a dose máxima diária recomendada, que geralmente é de 4.000 miligramas para adultos saudáveis, divididos em doses regulares ao longo do dia. Além disso, é importante não combinar o paracetamol com outras medicações que também contenham esse princípio ativo e evitar o consumo de álcool durante o tratamento.
Se você tiver alguma condição hepática pré-existente ou estiver tomando outros medicamentos, é fundamental conversar com um médico antes de iniciar o uso de paracetamol ou qualquer outro medicamento. Assegure-se de informar o profissional sobre quaisquer alergias ou sensibilidades que possa ter a medicamentos ou outras substâncias.
O paracetamol é um medicamento seguro e eficaz quando utilizado de forma adequada e nas doses recomendadas. No entanto, seu uso excessivo ou inadequado pode levar a danos no fígado, incluindo a falência hepática. É essencial respeitar as doses e buscar orientação médica sempre que necessário, a fim de evitar complicações e garantir um tratamento seguro e eficaz para o alívio da dor e da febre.
Por Bruno Rakowsky










