A enxaqueca, distúrbio neurológico caracterizado por crises recorrentes de dor de cabeça intensa, pode ser desencadeada por diversos fatores ligados ao estilo de vida. Segundo o neurologista Bruno de Mattos, comportamentos como ficar longos períodos sem se alimentar ou se hidratar, dormir poucas horas e consumir bebidas alcoólicas aumentam o risco de crises.
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“Alguns desses hábitos são prejudiciais no geral, possibilitando a chance do desenvolvimento de várias doenças. Além disso, alimentos como chocolates e queijos podem ser ‘gatilhos’ para piorar a crise”, explica o especialista.
Prevenção vai além dos medicamentos
Embora o tratamento da enxaqueca frequentemente envolva medicamentos prescritos por orientação médica, especialistas reforçam que a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir significativamente a frequência e a intensidade das crises.
Entre as principais recomendações destacadas por Bruno de Mattos estão:
1. Hidratação adequada
Beber água ao longo do dia é essencial para manter o metabolismo equilibrado. A desidratação é uma das causas mais comuns de descompensação da enxaqueca, alerta o neurologista.
2. Alimentação regular
Evitar longos períodos em jejum previne tanto a dor de cabeça quanto complicações como hipoglicemia. “Quando ficamos muito tempo sem comer, o cérebro identifica a necessidade de alimento e o organismo consome as reservas de açúcar, o que pode precipitar crises”, afirma o médico.
3. Sono reparador
Dormir bem, com número suficiente de horas e qualidade do sono, é outro fator decisivo. Estudos apontam que a privação do sono está diretamente associada à intensificação da enxaqueca.
4. Atividade física
A prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhada e pular corda, favorece a liberação de endorfina e serotonina, neurotransmissores que ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das dores.
5. Controle do estresse
Técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, podem contribuir para a melhora do humor, do sono e da disposição, atuando como ferramentas importantes na prevenção de crises.
Perspectiva clínica
A neurologista Marina Tavares reforça que a enxaqueca deve ser encarada como uma condição séria que exige acompanhamento constante.
“A enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça comum. Trata-se de uma doença neurológica crônica que impacta a qualidade de vida e a produtividade. O tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo medicamentos, hábitos de vida saudáveis e, em alguns casos, psicoterapia”, avalia.
Por Aline Dantas










